segunda-feira, 7 de junho de 2010

Viajante do Futuro
Sucesso no Zorra Total, Nelson Freitas quer um programa só dele

Ele já está acostumado. Aos 48 anos, 25 de carreira, quase nove no “Zorra total”, Nelson Freitas já interpretou vários personagens de sucesso no humorístico. Quem não se lembra do Aderbal, o funcionário do aeroporto que dizia “parou, parou, parou” para mulheres bonitas? Ou do Leozinho, que era corneado a torto e a direito pela mulher? Há pouco mais de um mês, o comediante emplacou mais um: o Viajante do Futuro, que volta ao passado para tentar mudar algum episódio da História do Brasil.
— Maurício Schermann (diretor do “Zorra”) já estava com esse quadro na manga há um tempão, mas eu estava sempre ocupado, sou um coringa no programa, sempre engatando um personagem no outro — conta Freitas: — Até que ele resolveu colocar no ar na época do feriado de Tiradentes. E vem segurando bem no ibope.
Tanto que o esquete passou a abrir o humorístico, um sinal de prestígio. E acabou ofuscando outro quadro que o humorista tinha acabado de estrear ao lado de Helga Nemeczyk, em que um casal vivia discutindo a relação — ele acabou saindo do ar. Embora esteja feliz com a repercussão, inclusive do público nas ruas, Freitas teme pela longevidade da nova atração:
— Tudo bem que temos muitas histórias no Brasil, mas uma hora o assunto vai se esgotar — prevê: — A não ser que a gente abra o leque para histórias do resto do mundo.
Mas e se a brincadeira se tornasse realidade, e o humorista recebesse uma visita do Viajante do Futuro? Freitas não titubeia ao escolher qual acontecimento de sua vida gostaria que o personagem evitasse.
— Já fiz muita merda na vida, graças a Deus. Acho que só com elas a gente cresce. Mas a maior foi ter começado a fumar, já aos 40 anos. O Viajante tinha que me dar um tapa na cara e gritar no meu ouvido “tu comeu cocô?” — brinca ele, usando um dos bordões de seu personagem.
O comediante se deu um prazo de dois anos para parar com o vício. O mesmo prazo que ele estipulou para dar um novo e ousado passo em sua carreira, ter um programa próprio:
— Dei uma contribuição grande ao “Zorra”, assim como ele deu à minha carreira, mas estou inquieto, querendo mais. Já tive reuniões, conversei com algumas pessoas para viabilizar o projeto. Quero um programa meu. E vai acontecer de qualquer maneira.
FONTE/EXTRA

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