Cássio Reis:
"Nasci para esperar o momento de conhecer o Noah"
Por Carmen Moreira
Pai elevado a última potência. Assim poderia ser definido o leonino ator e apresentador Cássio Reis, que assume: “Quando estou com o Noah o mundo para. Minha maior função nesta vida é estar com ele”. E garante que apesar da separação com a atriz Danielle Winits, anunciada em março deste ano, sua rotina com o filho de quase três anos não se alterou. “Moro no mesmo lugar, o quartinho dele continua o mesmo. Só expliquei pra ele que agora, ‘que legal’, ele tem duas casas, a da mamãe e a do papai”.
Para Cássio, 2010 foi um ano de “crescimento e amadurecimento”. Visivelmente emocionado, reproduz as palavras que o pai usou para lhe dar força. “Depois da separação ele me falou: ‘Filho, você já passou por muita coisa na sua vida e sempre usou da sua generosidade, do seu jeito de ser para superar todos os desafios e ir atrás dos seus objetivos. Agora é a hora de você usar tudo o que você sabe’. E é assim que eu estou levando a minha vida.”
Solteiro, o ator diz estar consciente de sua nova situação e pondera: “Eu sei que nunca mais vou ser sozinho já que tenho o meu filho”. E afirma que apesar de muito doloroso, o fim do casamento não o afastou totalmente da ex-mulher, com quem garante ter uma boa relação. “Nós temos um filho em comum, vamos ser pais pra vida toda, não tem como fugir disso”.
Ele se emociona mais uma vez ao tentar descrever o que sente pelo filho. “Eu tenho uma relação muito forte, muito intensa e muito inexplicável com o Noah. Acredito que nasci para esperar o momento de conhecê-lo”. E completa: “Amor é muito difícil de traduzir, mas se eu tivesse que fazer isso sem dúvida traduziria em quatro letras: Noah”.
Separação
“De uma hora pra outra minha vida ficou completamente exposta, devassada. E de certa forma acho que as pessoas passaram a prestar mais atenção em mim. Não sei que tipo de sinergia aconteceu, mas realmente apareci mais. Só que eu trabalho na minha carreira desde os meus 18 anos e ela é muito maior que qualquer notícia. Por isso procuro me preservar sempre”
Força
“Esse ano eu amadureci muito, cresci muito, caminhei muito. E que se resume em uma frase que meu pai me falou. Eu sempre ouvi muitos ‘não’ da vida e meu pai sempre me disse que eles serviam para eu aprender com os ‘sim’. E depois de tudo isso que eu passei agora o meu pai me falou: ‘Filho, você sempre usou da sua generosidade, do seu jeito de ser para superar todos os desafios e ir atrás dos seus objetivos. Agora é a hora de você usar tudo o que você sabe’. E é assim que eu estou levando a minha vida”
Solteirice
“Eu não me separei do dia pra noite, foi um processo. Então sou muito consciente da minha situação. E o melhor de tudo é que eu sei que nunca mais vou ser sozinho, já que agora eu tenho o meu filho. E é isso o que me guia e vai me guiar pro resto da vida. Além disso, a minha companhia me faz bem. Estou numa fase muito boa, muito consciente mesmo. Eu viajo bastante, conheço muitos lugares a trabalho, me divirto, mas eu agora sempre vou com o objetivo de voltar pros braços do meu filho. Essa é a minha mola propulsora: eu vou sabendo que tem alguém esperando eu voltar. Então nada mais me assusta”
Recomeço
“Penso em casar novamente quando encontrar alguém legal, de quem eu goste de verdade. Mas por enquanto eu estou mesmo querendo me dedicar ao meu filho, que é minha prioridade. Estou reconstruindo a minha história, mas tomando o cuidado para não mexer na história dele. Por isso depois da separação fiz questão de não mudar muito a rotina dele. Moro no mesmo lugar, o quartinho dele continua o mesmo. Só expliquei que agora, ‘que legal’, ele tem duas casas: a da mamãe e a do papai”
Danielle Winits
“A minha relação com ela é boa. Nós temos um filho em comum, vamos ser pais pra vida toda, não tem como fugir disso. Temos uma vida que depende da gente. Eu e ela agora dividimos a guarda do Noah e as funções dele”
Pai e filho
“Na véspera de uma viagem resolvi gravar um momento meu com o Noah para matar as saudades dele enquanto estivesse longe. Coloquei meu celular pra gravar em um cantinho, botei a música “Shimbalaiê”, da Maria Gadú, e nos filmei cantando e dançando. Uns dois meses depois fui buscá-lo na natação e no meio do caminho ele me pediu que eu colocasse ‘a nossa música’. Na hora nem entendi já que a gente nunca mais tinha ouvido essa canção juntos, mas quando eu perguntei ele me falou que a nossa música era “Shimbalaiê”. Fiquei louco. Esses pequenos momentos são mágicos”
Noah
“Quando estou com ele o mundo para. Faço questão de marcar meus compromissos de acordo com a agenda dele. Minha função é estar com ele. Eu tenho uma relação muito forte, muito intensa e muito inexplicável com o Noah. Eu acredito que eu nasci para esperar o momento de conhecê-lo, não foi ele que nasceu pra ficar comigo. É a relação mais forte que eu já tive com alguém. E isso com apenas três anos de convivência. Amor é muito difícil de traduzir, mas se eu tivesse que fazer isso sem dúvida eu traduziria em quatro letras: Noah”
Trabalho
“Não gosto da palavra workaholic, mas posso garantir que amo o que faço. Não sou o tipo de pessoa que gosta de só fazer novela, por exemplo. O grande segredo do meu trabalho é ter a capacidade de falar com os mais variados tipos de pessoas. É um verdadeiro leque de comunicação. Minha profissão é usar da minha imagem para compartilhar com as pessoas e ser referência”
No ar
“Estou literalmente 24 horas no ar, apresentando o “TAM nas Nuvens” [programa de bordo exibido exclusivamente durante voos da TAM]. Viajo bastante pra gravar o programa, mas muito mais com outros trabalhos. É delicioso conhecer pessoas, lugares e ainda poder registrar tudo isso. Mas é preciso dizer que é uma vida muito solitária. O artista passa muito tempo sozinho, em hotéis. Eu me dou bem porque gosto da minha companhia. Caso contrário, seria o caos”
Televisão
“A TV nunca saiu de mim. Além do programa da TAM, estou sempre fazendo participações em programas da TV aberta. A próxima é em "O Relógio da Aventura" [escrito por Márcio Trigo e Luciana Cardoso, o seriado terá cinco capítulos e será exibido aos domingos, na Globo]. O convite me seduziu pelo fato de ser uma oportunidade de trabalhar com crianças e para o público infanto-juvenil. Eu faço dois personagens: um soldado romano e um inspetor da escola. O mais engraçado é que ambos perseguem as crianças, o que é inconcebível pra mim. Então esse é o grande barato e meu grande desafio neste programa: ir contra a minha natureza para interpretar os personagens, já que eu sou um fã incondicional das crianças”
Imagem
“Outro dia fiz um evento voltado para o público infantil e a cliente disse que me contratou porque eu represento a família. Foi o melhor feedback que eu poderia receber. E eu sou assim mesmo. Tenho uma família extremamente estruturada e sou o resultado do que me foi ensinado. E o que eu procuro justamente é transmitir isso através da minha imagem. Não faço nada de propósito, não estudo meus atos. Simplesmente tento agir naturalmente. E acho que isso é o que faz com que as pessoas se identifiquem comigo”
Crianças
“Sou o primogênito da família, sempre tive crianças ao meu redor e sempre gostei. Eu sou uma criança grande, adoro mergulhar no mundo infantil. E o mais engraçado é que a gente acha que educa uma criança, mas a verdade é que somos reeducados por elas. Aprendo demais com o meu filho e até penso em ter mais filhos sim, talvez mais dois. Só que mais pra frente. Por enquanto o Noah me completa”
Intimidade
“Para a minha família eu sou o Ju, apelido que ganhei na infância. Um cara simples que gosta de andar de chinelo, bermuda e camiseta. Um cara caseiro, que gosta de se preservar dessa exposição da mídia. Tem gente que confunde muito as coisas pelo fato de ser ator: leva o personagem pra casa, pra rua, pensa que vive em uma novela, que pode tudo o tempo todo e não é assim que as coisas funcionam. Eu não sou assim. Sei separar muito bem o meu lazer do meu trabalho. No trabalho sou um leão, faço tudo o que for preciso, mas em casa gosto de ficar em paz”
FONTE\IG
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