FOFOCA DAS CELEBRIDADES

A Fazenda 3

 Britto Jr.:

 “As pessoas entram na Fazenda
sem saber seus próprios limites”

Por Marília Neves

Há seis semanas, o público acompanha “A Fazenda 3” na Record. Mas, bem antes disso, o apresentador da atração já estava “confinado” no programa. Desde o final do mês de julho, por exemplo, Britto Jr. começou a estudar o perfil dos participantes. “A maioria se confirmou polêmica”, afirmou durante entrevista ao iG.

O bate-papo aconteceu em um dos salões do prédio onde o apresentador mora com a mulher, Fernanda, e o filho, Arthur, em São Paulo.

 É para eles que Britto dedica seu tempo quando não está em Itu, onde fica a sede da Fazenda. “Procuro preservar meu lado família. Todos meus esforços são para estar o máximo de tempo com eles aqui. Tenho que tentar conciliar porque os cinco anos do Arthur não voltam mais”, afirmou.

Assim, Britto segue na “ponte-terrestre” São Paulo-Itu até 21 de dezembro, data prevista para a grande final do reality show. Nos dias em que há transmissão ao vivo ou prova do Fazendeiro da Semana, Britto pega a estrada rumo ao confinamento. Mas mesmo quando está em São Paulo, não tira folga da atração. “Gravo textos, vinhetas, chamadas e estou sempre ligado no programa”.

Doze quilos mais magro e com a intenção de seguir a dieta e a malhação, Britto falou sobre “A Fazenda 3”, os rumos do programa e dos participantes e confirmou a quarta edição do reality: “A Fazenda 4 vem aí”.

iG: O que "A Fazenda 3" tem que as outras edições não tiveram?

Britto Jr.: O número 3 (risos). Esse sucesso é resultado de muito trabalho, seriedade, credibilidade e de um elenco que está jogando muito bem. E o que é essencial: tivemos um bom tempo para a produção buscar o elenco. Desde 10 de fevereiro, quando acabou “A Fazenda 2”, e 28 de setembro, quando começou “A Fazenda 3”, estamos trabalhando em tudo isso. Esse tempo de maturação foi fundamental para trabalharmos em cima do programa e de o público sentir saudade da atração.

iG: E o que faltou nesta edição em relação às outras duas?

Britto Jr.: Nada. Conseguimos buscar o melhor das outras temporadas e fazer as modificações necessárias. Não vou dizer que está perfeita, mas “A Fazenda 3” está bem próximo do que consideramos ideal.

iG: Desde quando o elenco está definido?

Britto Jr.: Quase 100% do elenco estava definido dois meses antes. Desde o fim de julho estou estudando o perfil dos participantes.

iG: Por que você acha que há tantas brigas entre os participantes desta edição?

Britto Jr.: A personalidade das pessoas. Todas querem muito ganhar o prêmio, têm personalidade forte e pensam de maneira diferente. É um jogo de interesses que movimenta as pessoas e essa transparência deles é muito importante.

iG: Você passou dois meses estudando as características de cada peão. Alguém te surpreendeu?

Britto Jr.: Sempre tem uma ou outra surpresa. Eu estudei o perfil do grupo e a maioria se confirmou polêmica. Mas a Janaina, que teve toda essa montanha-russa emocional, foi uma surpresa. Quando você vê o relatório dela e até matérias na internet, o perfil é outro. Ela é uma aventureira que não tem medo de nada. E, de repente, lá dentro, como se explica o fato de ela estar amarelando? O fato é que as pessoas entram lá sem saber seus próprios limites. O Sérgio Abreu até disse isso durante a entrevista dele.

iG: Vocês fazem uma entrevista com vários possíveis participantes? O convite não é direto para o futuro peão?

Britto Jr.: Me lembro que em uma das primeiras reuniões tínhamos um catálogo com mais ou menos 150 nomes aleatórios. Desses, o pessoal da produção foi atrás de 50. Conversaram, entrevistaram e avisaram que não fechariam nada naquela hora, pois tinha mais gente para ser entrevistada. Dos 50 nomes, saíram “x”, não sei dizer exatamente quantos. Houve uma filtragem grande para chegar nos 15 nomes.

iG: Os mais conhecidos dos participantes foram os primeiros eliminados. E, por isso, muita gente afirmou até que pararia de assistir ao programa. Acha que “A Fazenda” corre mesmo esse risco ou já é um programa consagrado, onde quem participa não é o mais relevante?

Britto Jr.: Até é fato isso de que os primeiros eliminados eram as pessoas mais conhecidas do público. Porém, aconteceu um fenômeno. O programa vem aumentando a audiência e a repercussão dia-a-dia. O público está sabendo votar, está analisando. A pessoa entra no reality com um grau de popularidade que vai aumentando com o tempo. Agora ficou tudo igual, todos são conhecidos do público. Ao contrário das previsões pessimistas, tivemos um ganho de audiência.

iG: O fato de fã-clubes fazerem campanhas em prol de algum participante ou artistas não esconderem sua torcida em redes sociais pode prejudicar alguns peões?

Britto Jr.: Acho que não. A votação da Fazenda é algo com cinco milhões de votos. Não acredito que algum fã clube possa mudar o resultado. Pode ajudar, claro. Mas não acho que chega ao ponto de interferir. O Sérgio Mallandro está há quantos anos na TV? Deve ter um fã clube enorme. Não é possível que eles tenham votado contra ele.

iG: Sua torcida está para quem?

Britto Jr.: Antes, minha torcida era para que o programa desse certo. Agora, minha torcida é para que o programa continue dando certo e que seja ainda mais sucesso.

iG: Nas outras edições, a Karina Bacchi e o Dado Dolabella eram as pessoas em quem você apostava como vencedores?

Britto Jr.: Não. Acho que o Dado, por ser um galã, era considerado um dos favoritos. E a Karina, por ser a mocinha das novelas, também ganhou vantagem. Mas o Carlinhos também era um dos favoritos. Por sua história de vida, seu talento. No final, Carlinhos entrou em uma discussão com o Dado e extrapolou os limites do jogo. Aí, o público pensa: o cara tem razão, mas não pode exagerar nos argumentos.

Assim, o Dado chegou na final, se segurou o máximo que pôde, porque o Dado que estava na fazenda era um Dado mais contido; se segurou e ganhou. Os participantes precisam tomar cuidado para não inverter a situação, porque a popularidade é uma faca de dois gumes. E nessa sexta roça a situação está parecida. A Janaina teve aquele momento de querer sair e o público não gosta disso. Mas eu te pergunto: será que a situação agora não é outra? Aquela Janaina que amarelou, será que não se tornou a Janaina que está sendo vítima de uma diferença que a equipe está fazendo dela?

iG: O que o telespectador pode esperar daqui pra frente?

Britto Jr.: Tem uma coisa que todo mundo sabe que vai acontecer, mas não sabe como. É a prova que vale o prêmio de R$500 mil e vai mobilizar o Brasil. Talvez o programa chegue no seu pico de interesse. A maior novidade desta edição foi esse jogo entre as equipes. Mas depois desse prêmio não haverá mais equipe. Será um contra o outro.

iG: Viola e o Daniel comentaram que estavam com medo de Janaina se revoltar, pegar uma faca e partir para cima deles. Sem chegar a esse extremo, como é garantida a segurança dos participantes no caso de uma briga entre eles?

Britto Jr.: Durante 24 horas por dia tem gente observando os participantes. Não há a menor possibilidade de isso acontecer. É uma situação absurda. Se houver qualquer agressão física, como quase aconteceu entre o Tico e o Dudu, olhando olho no olho, entram os seguranças e, a princípio, os dois são eliminados.

iG: “A Fazenda 4” já está certa?

Britto Jr.: “A Fazenda 4” vem aí. No ano que vem, porque neste não dá mais tempo. Meu contrato com a Record vai até 2014, e lá não consta que eu tenha um programa fixo. Mas eu sou, digamos assim, o homem da Fazenda. A Record investiu nesta imagem e esta identificação já ocorreu.

iG: Quantos quilos você já emagreceu entre um programa e outro?

Britto Jr.: No total, já perdi 12 quilos.

iG: Foi uma opção sua ou uma exigência da Record?

Britto Jr.: Foi opção minha. Eu sou um atleta. Um atleta amador, mas sou. Jogo futebol desde pequeno e detesto jogar quando estou fora do peso. Assistindo a “Fazenda 1”, eu me olhei, analisei e vi que estava muito fora do peso. Fui no médico para ver uma lesão que tinha na panturrilha e agora faço ginástica três vezes por semana e sigo a dieta da minha nutróloga Cristiane Coelho. Estou me sentindo muito bem. O “x” da questão, agora, é manter.

FONTE\IG