Juliana Paes
"Estou contando os dias... "
Aos oito meses de gravidez, a atriz posa para um ensaio exclusivo em plena contagem regressiva para a chegada de seu primeiro filho, Pedro. A estrela comemora a gravidez saudável, revela que a libido ficou em segundo plano e conta que recuperar a silhueta pós-parto virou um desafio
Por Gustavo Autran
O momento, como ela própria define, é de “ansiedade positiva”. Como é? “Sim, aquela em que a expectativa por algo que se deseja muito não tira a sua serenidade”, explica. Ok, de fato, sentada no sofá na varanda de sua espaçosa casa no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, Juliana Paes não demonstra um milímetro de afobação. Nem sequer um fio de cabelo em pé. De make bem leve, vestido de inspiração indiana que marcava a barriga de 8 meses de gravidez, a atriz, de 31 anos, recebeu Gente para a sua última entrevista exclusiva antes do parto programado para até o dia 20 de dezembro.
Bem disposta, calma e muito, muito feliz, Juliana diz que já começou a contagem regressiva para a chegada de Pedro. “Agora começa a ficar mais real aquela sensação de que você vai ter um bebê nos seus braços daqui a pouco. Estou contando as semanas, contando os dias”, diz animada. Precavida, a atriz conta que tudo está preparado para a “estreia” do menino: quartinho quase pronto – só faltam alguns móveis, já encomendados –, enxoval... até um intensivo para pais de primeira viagem, ela e o marido, o empresário Carlos Eduardo Baptista, já fizeram. Aprenderam a dar banho em bebê e posicionar na hora de mamar. “Acredita que ele chegou na reunião antes de mim?”, conta ela, sobre a participação do marido nessa história.
Na entrevista a seguir, Juliana fala de vaidade. Diz que a gravidez não lhe tirou a vontade de se sentir bonita. Algo que, aliás, pode ser comprovado neste ensaio do make-up artist e fotógrafo Alê de Souza, em cliques deslumbrantes que já podem ser conferidos no site da atriz: www.julianapaes.com.br. Juliana assume ainda que a libido foi deixada um pouco de lado em certos momentos. Relata que tem feito exercícios físicos com a personal trainer Valéria Santos para fortalecer a região lombar, foco de dor por conta do peso do bebê. E, entre uma bronca e outra na cadelinha Chloé e no saltitante
Tobi, seu fox paulistinha que adora atacar e morder almofadas indefesas pelo chão, ela, espontânea, relata que tem os medos clássicos de toda gestante: “Será que meu peito vai cair? Será que minha barriga vai voltar para o lugar!?”. Dúvidas que ela encara mais como desafios do que pensamentos depressivos. “Quero ficar mais bonita do que eu estava antes da gestação”, afirma. Alguém duvida?
... estou contando as semanas. Começa a ficar mais real a sensação de ter um bebê em meus braços”
Contagem regressiva
“É na fase final da gravidez que bate a maior ansiedade. Estou ansiosa, na expectativa de ver o rostinho dele. Agora já começa a ficar mais real aquela sensação de ter um bebê nos seus braços daqui a pouco. Ele se mexe muito e eu consigo sentir exatamente cada movimento. Fico querendo que ele venha logo para os meus braços. Estou contando as semanas, contando os dias.”
O dia D
“Com relação ao parto, sinto-me bem tranquila. Quero que seja normal, mas isso depende de uma série de fatores. Chega um momento em que você fica num estado de ansiedade positiva. É quando você está louca para que uma coisa aconteça, mas não perde a serenidade. Minha maior vontade é que o bebê venha bem, mesmo que seja cesárea. Já estive mais apreensiva. Agora eu relaxei.”
Quarto quase pronto
“O quartinho do Pedro já está com o papel de parede, mas os móveis ainda faltam chegar. O ambiente mistura tons de verde, bege e branco. Como levo jeito para trabalhos manuais, procurei dar um toque especial na decoração. Acho que herdei esse dom da minha mãe, que era professora e sempre teve o maior esmero em encapar os meus cadernos de escola e até para fazer ponta no lápis. Criei um arranjo de flores e também fiz uma roupinha para o ursinho que comprei. Estou fazendo o que toda mãe faz: cuidar do quarto do filho. Minha mãe deve vir para a minha casa me ajudar no começo e nos dias de semana. Também tem a minha sogra, que mora perto da gente e está superansiosa porque o Pedro será o primeiro neto dela. Posso dizer que estou muito bem-servida.”
Pai, marido e parceiro
“O Dudu é presente, atento e vem me ajudando muito. Não imaginei que ele fosse ficar tão paciente porque a gente fica meio chata, né!? Na verdade, a grávida fica precisando demais da ajuda do outro. Às vezes, me vejo pedindo para ele me ajudar a calçar minhas sandálias porque não alcanço mais! Ou, então, você se toca que esqueceu de pegar um negócio logo depois que deitou na cama. Como é uma dificuldade para levantar de novo, você acaba pedindo.
Participamos de um curso com mais dois casais na clínica onde a minha obstetra (a doutora Elizabeth Costa Martins) tem consultório. Lá, a gente tirou todas as dúvidas que a chegada de um bebê pode trazer, desde como posicionar a criança para amamentar até o jeito certo de segurá-la na hora do banho. Acredita que ele chegou na reunião mais cedo do que eu?”
Teste de farmácia
“Estava em Buenos Aires com a minha mãe e senti que meus seios estavam inchados e doloridos, com uma cor diferente. Sei que muitas mulheres têm isso no período menstrual, mas vi que era diferente de uma TPM qualquer. Daí comentei com ela que estava com uma sensação estranha. Sou muito intuitiva, tudo eu vou seguindo o meu faro. Na hora eu pensei: ‘Nossa, estou grávida!’. Minha mãe achava que eu estava ansiosa. Mas aquilo ficou martelando na minha cabeça. Quando voltei, fiz três testes de farmácia para não ter dúvida. E foi batata.”
“Tem momentos que você quer que o homem te procure toda hora. Em outros, você não quer nem sentir o cheiro dele”
Grávida enxuta
“Minha personal (Valéria Santos) criou um treinamento específico, com exercícios que fortalecem a musculatura lombar, para não ficar com aquelas dores horrorosas de coluna. E continuo fazendo exercícios para manter o tônus dos braços e das pernas. Me exercito com bola, elástico e trabalho o equilíbrio, para fortalecer a musculatura pélvica. Substituí a corrida pelo transport, que não tem impacto. Mas tenho que monitorar os batimentos cardíacos porque não posso passar de 155 batidas por minuto. Muita gente vai para a academia esperando um resultado meramente físico, mas na gravidez é diferente porque a retenção de líquido é grande e o músculo fica mais escondidinho. E suas formas vão mudar de qualquer maneira, não adianta.”
Gangorra de hormônios
“Toda grávida tem seus momentos. Tem dias que eu estou um doce de coco. Em outros, fico chata pra caramba. Nem eu mesma me aguento! Quando isso acontece, me recolho em casa, não saio, mal quero falar no telefone. Natural... Gravidez é uma gangorra de hormônios, as pessoas precisam entender que não é fácil. Às vezes são emoções que nem você mesma entende ou controla. Quando a pessoa percebe que existe um fator alheio à sua vontade e a seu temperamento atuando sobre ela, as coisas começam a melhorar.”
“Acho que vai dar para ter parto normal. Minha intuição diz que sim”
Espelho, espelho meu...
“Será que meu peito vai cair? Será que eu vou ficar mole? Será que a minha barriga vai voltar para o lugar? Será que vou ficar cheia de vasinhos? Essas perguntas rondam a cabeça de qualquer mulher. De vez em quando, a gente pensa na estria sim, no peito caído sim... Mas o que acontece para mim é que, quando você quer muito uma coisa, mesmo os contras acabam virando um desafio. E eu estou com mil planos para depois da gravidez. Vou voltar a correr e quero ficar mais bonita do que eu estava antes da gestação. Acho que, por estar grávida, você não deixa a vaidade de lado. Eu não deixo de arrumar o meu cabelo, fazer uma maquiagem ou ir à manicure só porque estou grávida.”
Sexo
“Tem momentos que você quer que o homem te procure toda hora. Em outros, você não quer nem sentir o cheiro dele. É que nos primeiros meses você fica meio enjoada de tudo. Depois normaliza. Acho que esse comportamento é uma maneira de o corpo se proteger, porque ele passa por intensa transformação nessa fase inicial. Então, é natural a mulher se resguardar um pouco. Eu fiquei cheia de não me toques.”
Planejamento sem paranoia
“Não sou de fazer planos a longo prazo, mas é engraçado que as coisas na minha vida vão acontecendo numa cadência perfeita, sem que eu arquitete muito. Quando me casei, não planejava ter um filho um ano e dois meses depois. Com o fim de Caminho das Índias, intuí que aquele seria um bom momento para engravidar. A novela acabou em setembro de 2009 e eu só engravidei em abril deste ano. Nesse meio tempo, quase fiz outra novela, a convite do (diretor) Marcos Schechtman. Então eu quis ter um filho depois da novela, mas não fiquei naquela correria de ficar contando ‘Ah, estou ovulando, tenho que engravidar hoje’, sabe? Essa pressão eu, graças a Deus, não tive.”
“O Dudu é presente, atento e vem me ajudando muito. Não imaginei que ele fosse ficar tão paciente”
Churros, pirulito e frango com aipim
“O primeiro desejo de grávida que eu tive foi com aquele pirulitinho que é vendido na rua. Depois, em São Paulo, fiquei com uma vontade louca de comer churros. E, por último, desejei o frango com aipim preparado pela minha mãe. Quando a gente engravida, o paladar fica mais apurado e o corpo se prepara para receber todos os nutrientes possíveis. Tô me salvando na academia (risos).”
Maternidade versus carreira
“Não tenho referência de como serei como mãe. Será que eu vou ser aquela mãe que vai ficar o tempo todo querendo lamber a cria? Ou vou me permitir sair, me disponibilizar a trabalhar e deixar com uma babá, obviamente depois do período de resguardo? Não sei. Mas não me comprometi com nenhum projeto para 2011 até agora.”
Mamãe confidente
“Quero que meu filho veja em mim uma pessoa em que possa confiar. Alguém que ele queira ouvir a opinião. Se eu puder ser um referencial para ele, acho que já é metade do caminho andado. Eu não vou aprisionar meu filho. Posso dizer ‘não’, mas tenho que fazê-lo entender os porquês e não proibir deliberadamente.”
FONTE\ISTOÉGENTE
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