domingo, 24 de junho de 2012

Entrevista com
Celso Portiolli

Por Marília Barbosa
Desde quando era jovem, Celso Portiolli tinha um sonho: trabalhar na TV. Sempre descontraído, o apresentador do “Domingo Legal” garantiu o seu espaço nas telinhas aos poucos.
Antes de consolidar-se no programa de entretenimento dominical, após a saída de Gugu Liberato, em 2009, Portiolli foi diretor em rádios de Ribeirão Preto e São Paulo.
 Com apenas 17 anos já trabalhava na área jornalística. Sem escapar da carreira política, Portiolli também venceu eleições para vereador, com apenas 24 anos. Porém, não seguiu adiante com o cargo.
À frente das "câmeras escondidas" - para o inesquecível "Topa Tudo por Dinheiro" - até o programa teen "Passa ou Repassa", o apresentador deve grande parte de seu sucesso ao "Homem do Baú", Silvio Santos.
"O 'Domingo Legal' é a verdadeira universidade da televisão. Quem quer ser apresentador tem que passar por um programa ao vivo de variedades", disse em entrevista ao Famosidades.
 Qual a sua avaliação, três anos depois, desse período à frente do “Domingo Legal”?
Já fiz tantos programas no SBT mas nunca imaginei que fosse apresentar o "Domingo Legal". Está sendo uma experiência maravilhosa porque eu apresento todos tipos de quadros e ao vivo, então todo domingo tem grandes desafios. Principalmente o "Construindo um Sonho” que eu adoro fazer, porque ajuda as pessoas e dá mais esperanças aos brasileiros.

Como você consegue assimilar quadros emocionantes, como “Construindo um Sonho”, e cômicos, como “Telegrama Legal”, em apenas um programa?
Como o programa é longo, são quatro horas, você tem que ter de tudo: emoção, alegria, brincadeiras, então eu acho normal ter essa variedade. O "Construindo um Sonho” é um quadro que quando eu estou gravando eu me emociono e fico sensibilizado. E o "Telegrama Legal" eu me divirto porque não vejo a edição. Eu gosto de assistir a primeira vez ao vivo junto com o público.

Parte da audiência do “Domingo Legal” deve-se à exibição de vídeos engraçados que caíram na rede. Você acha que as atrações de TV estão perdendo lugar para a internet?
Eu acho que não porque, antigamente, e ainda hoje, existem em alguns programas de TV os vídeos engraçados. Isso sempre existiu. Hoje é diferente, as pessoas usam a internet como um depósito de vídeos que nós temos acesso. É uma maneira de criar um quadro no programa com baixo custo e que tenha um bom retorno. A maioria das atrações da TV é que vão para a internet.

Quando chegou ao “Domingo Legal” alguns quadros de vídeos populares já existiam na atração. Com a sua chegada houve um aumento deste tipo de entretenimento. Você teve alguma influência nisso?
Não, na verdade a gente faz o programa calcado em como anda o Ibope, nós dançamos conforme a música.Construímos o programa de acordo com a nossa criatividade. A gente faz o programa com o que funciona, com o que agrada os patrocinadores, a audiência. Isso depende da fase.

Você mantém as redes sociais sempre atualizadas. Qual a importância do contato direto com os telespectadores?
A rede social que eu mais uso é o Twitter. Eu acho interessante quando recebo críticas construtivas, as destrutivas eu ignoro. Eu já tenho tanto tempo de carreira que eu já sei quando a pessoa está bem intencionada ou não (risos). Quando a pessoa gosta do meu trabalho eu já percebo. Eu acho interessante esse contato, para sentir o retorno das nossas produções no programa. E 99,9% das mensagens que recebo são de carinho.
Como foi substituir Gugu Liberato no comando da atração? Você acha que o público aceitou a mudança desde o início?
O Gugu é um grande animador e apresentador. Mas eu não fiquei preocupado porque o Silvio Santos me deixou fazendo uma longa faculdade, uma longa residência, pós-graduação (risos)...Tudo que eu tinha direito no SBT. Então quando eu cheguei para assumir o "Domingo Legal" já estava preparado. E o público aceitou, tanto é que o programa é líder de audiência.

Lá no começo de sua carreira na TV, como surgiu a ideia de mandar fitas com sugestões de câmeras escondidas para a produção do Silvio Santos?
É uma longa história. Eu ganhei uma parabólica num consórcio, pois na minha cidade, Maringá, não tinha SBT. E quando eu vi as chamadas de "ideias para câmeras escondidas" eu já tinha decidido voltar para São Paulo. Porque antes dos 20 anos eu trabalhei no Grupo Bandeirantes de Comunicação. Eu fui embora de São Paulo para ajudar o meu pai. E eu precisava voltar depois do falecimento dele. Então ali eu enxerguei uma oportunidade. Comecei a trabalhar na produção, e como eu sou uma pessoa criativa, tenho facilidade para ter ideias, pensei: será um bom começo. E acertei! Aí é questão de sorte também.

Uma de suas marcas registradas como apresentador é a gargalhada. O quanto você acha que este símbolo influencia no retorno que o público te dá?
Desde a época da rádio que a minha risada chama a atenção. A minha família inteira ri dessa maneira. Mas acho que as pessoas consideram ela engraçada (risos). Mas é uma marca registrada, né? Quando eu começo a rir as pessoas riem da minha risada, não é nem do que está acontecendo.

Como é o Celso Portiolli pai de três filhos e marido?
Eu sou um cara totalmente família. Para me tirar de casa é um sacrifício. Eu adoro ficar com os meus filhos e eles também adoram ficar comigo. Então eu sou um paizão. Um pai legal, um pai amigo e companheiro. Mas nos momentos certos eu sou um pai rígido, severo, e cobro dos meus filhos. Eu quero que eles tenham a mesma educação que o meu pai me deu. Sejam pessoas corretas, honestas, estudiosas e respeitosas. E como marido eu estou com a minha esposa há quase 20 anos, desde antes do início da minha carreira.

FONTE\FAMOSIDADES

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