domingo, 28 de fevereiro de 2016

Eddie Redmayne sobre viver transexual no cinema: 
"Sorte imensa interpretá-la" 
O ator, que já venceu Oscar ao interpretar Stephen Hawking, em A Teoria de Tudo, em 2015, é indicado novamente, agora com o papel da pintora dinamarquesa Lili Elbe, a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero .

Por Luciane Angelo
Ele gosta de desafios e está virando expert em biografias. Depois de vencer o Oscar como melhor ator ao interpretar Stephen Hawking, em A Teoria de Tudo, em 2015, o ator inglês Eddie Redmayne aceitou o desafio de viver a pintora dinamarquesa Lili Elbe. 
Ela nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. 
O longa mostra seu relacionamento amoroso com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher. 
“Lili é um ícone na comunidade transexual. Foi uma sorte imensa interpretá-la”, diz o ator de 34 anos, que concorre novamente ao Oscar. 

Você poderia falar sobre Lili Elbe e a história de A Garota Dinamarquesa? 
Quando comecei a ler o roteiro, não sabia nada sobre a história de Lili (Elbe) e Gerda (Wegener) e o que percebi foi uma ligação profunda e altamente apaixonante entre duas pessoas, que questionaram os limites do amor. Dentro da narrativa, há também uma história de autenticidade. Ser você mesmo parece tão simples, mas é o mais complexo da vida. Era isso o que eu queria retratar em Lili: o amor e o autoconhecimento. 

 Como foi o desafio de viver o primeiro transexual? 
Senti uma grande responsabilidade quando me ofereceram a personagem. Lili é uma mulher extraordinária e um ícone na comunidade transexual. Foi uma sorte imensa interpretá-la. Fiquei um pouco com receio de não conseguir representá-la como ela merece, mas acredito que consegui. Foi emocionante. 

 Como você se preparou? 
Conversei com a minha amiga e cineasta Lana Wachows¬ki sobre Lili. Ela conhecia a história da artista e também tinha quadros de Gerda Wegener. Foi Lana, até, quem me recomendou ler as biografias das transexuais Kate Bornstein e Jan Morris. 

 Como foi pintar além de interpretar?
 Amo pintar! Fiquei muito animado com essa tarefa a mais para o meu personagem. Não sou um grande pintor, mas me diverti como criança. O mais interessante foi pintar vivendo Einar (Mogens Wegener) e depois como Lili, porque a ótica e os sentimentos eram diferentes.

FONTE/QUEM

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