Bárbara Paz aposta no trabalho para enfrentar o luto pela perda do marido
Programa trará uma entrevista inédita do cineasta Hector Babenco, morto em julho
Barbara Paz apresenta a nova temporada do programa Arte do Encontro, do Canal Brasil
Em cartaz com a peça “Gata em teto de zinco quente”, que será apresentada em Brasília neste fim de semana, Bárbara Paz viu no trabalho uma forma de enfrentar o luto.
Morto em julho deste ano, aos 70 anos, o cineasta argentino Hector Babenco deixou a atriz, com quem era casado, incumbida de outras duas empreitadas profissionais: a realização de um documentário e a organização de um livro de poesias inéditas do diretor.
— Tive muitas perdas na vida. Perdi pai, mãe, mas nunca havia perdido um amor, uma amizade tão grande.
Acho que o luto só vai acabar quando esse filme estiver pronto. É um documentário muito pessoal, e o Hector me convenceu que só eu poderia fazê-lo.
Desta forma, ainda estou com ele: fico ouvindo sua voz e vendo as imagens que captei para o filme — conta a atriz.
Coprodução da GloboNews/Globo Filmes, o documentário “Corredor polonês” ganhou outro contorno com a morte do cineasta.
Bárbara também vai reunir depoimentos de profissionais que trabalharam com Babenco.
O realizador, aliás, concedeu o que talvez tenha sido sua última entrevista para a atriz no “A arte do encontro”, do Canal Brasil.
— Hector já não estava bem de saúde quando gravamos. É dolorido. Não sabíamos que ele iria partir tão rápido.
Logo no começo, li um conto que escrevi quando o conheci e ele tomou um susto. Me perguntou se era sempre íntimo daquele jeito — diz a atriz, que gravou todas as 12 edições do programa em uma semana.
Exibido todas as quartas, às 21h30m,
“A arte do encontro” atualmente é apresentado por Tony Ramos. Na edição do dia 19, Bárbara será a convidada.
A partir do dia 26, ela assume a atração. Além de Babenco, entrevistará outras 11 personalidades, como Chico César, Drauzio Varella, Anna Muylaert e Nuno Ramos.
Longe das novelas desde “A regra do jogo”, encerrada em março, Bárbara não seguiu uma pauta na atração:
— O programa será diferente comigo, irá mais para um lado poético. Não sou entrevistadora e não faço entrevista formal. Será o registro dos encontros.
O Arnaldo Antunes, por exemplo, eu não conhecia.
Ela diz ter ficado completamente à vontade na função:
— Será uma forma de o público me conhecer também.
FONTE/OGLOBO
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