SUSANA PIRES
POR JULIANA LISBOA
Na última segunda-feira (27), Suzana Pires deu o primeiro passo para uma nova aventura. Em "Araguaia", nova novela das 18 horas da Rede Globo, o público verá essa multifacetada atriz em um papel bem diferente do que fez em "Caras & Bocas", quando viveu a "saidinha" Ivonete. No folhetim de Walther Negrão, Suzana é o total oposto.
Em entrevista exclusiva para o Famosidades, a bela - e simpática - atriz revelou que essa dualidade a agrada, e só enriquece seu currículo. "Tenho ambas [personagens] dentro de mim. Dá uma saudade enorme, mas você vai deixando-a ir embora", nos contou.
Ainda sobre "Araguaia", ela afirmou que todo o elenco global fez um workshop como preparação para as filmagens. Como lição, os atores aprenderam, por exemplo, a respeitar o rio Araguaia, que é repleto de mistérios. E nada de se assustar com bichos como arraias e jacarés, não! Suzana declarou que, durante as gravações, eles tiveram toda a segurança disponível. "Deu tudo certo, pois contamos com o acompanhamento dos Bombeios do Estado de Goiás."
Além dessas novidades, a atriz também comentou sobre sua participações nos trabalhos "Força Tarefa", "Ó, Paí Ó", "Tropa de Elite", e uma volta às telonas, com o filme "Casagrande", ainda em fase de preparação. "Está em fase de captação e, se tudo correr bem, filmaremos em 2011", prometeu. Confira entrevista na íntegra nas próximas páginas:
SUZANA PIRES - Nesta novela, o nosso diretor, Marcos Shetchman, e a produção nos proporcionaram um laboratório muito rico, um trabalho de preparação com a Paloma Riani para que descobríssemos o personagem com calma e com uma boa base. Além disso, também viajamos à São Felix do Araguaia antes de começarmos a gravar. A viagem, para mim, foi fundamental para "encontrar" a Janaína.
Na novela "Caras e Bocas", sua personagem, Ivonete, era bem diferente de Janaína, pois era exuberante e fogosa. Como foi a transferência de uma personagem para a outra?
Eu não diria que foi uma transferência, pois quando acaba um trabalho me preocupo em "zerá-lo" dentro de mim. Logo que acaba o trabalho, dá uma saudade enorme da personagem e depois você vai deixando-a ir embora. No caso da Ivonete, o mais bonito foi deixá-la ir, mas vê-la viva na memória do público, pois não tem um lugar que eu vá que eu não escute um "não me absorva". É muito divertido! Então, Janaína veio à mim quando eu já estava disponível internamente para começar uma nova personagem. Com o coração livre para acolhe-la.
Você acredita que as mulheres mais recatadas mexem mais com a libido masculina ou que isso é só conversa?
Acho que o que mexe com a libido masculina é a naturalidade. É voce afirmar a beleza e o jeito que voce tem, pois cada mulher tem algo belo diferente uma da outra. E acredito que quando voce está de verdade, é inevitável que isso seja sensual e chame atenção de alguma forma.
Com qual tipo de personagem você se identifica mais: com a recatada ou com a exuberante?
Com as duas. Tenho ambas dentro de mim [risos]
Como foi o workshop que fizeram sobre o "Araguaia"?
O workshop foi muito rico. Tivemos um embasamento teórico sobre a história da região muito rico com o Leandro Karnal, professor da Unicamp. Tivemos aulas de dança, culinária, forró, expressão corporal. E, então, tivemos uma outra etapa com a Paloma Riani que nos orientou na descoberta da personagem e a viagem à São Felix.
Que tipo de "dicas" o elenco recebeu?
As "dicas" que recebemos foi com relação aos cuidados com o rio Araguaia, que é um rio cheio de mistérios. Na verdade, é uma natureza tão exuberante e selvagem que tivemos que ser cautelosos e ter muito respeito na sua "exploração". Mas, deu tudo certo, pois contamos com o acompanhamento dos Bombeios do Estado de Goiás nas gravações e então ninguém levou susto com as arraias, os jacarés, e etc.
Neste ano você viveu Sheila em uma participação no seriado policial "Força Tarefa". A dinâmica do seriado é muito diferente da novela?
A dinâmica de gravação é diferente. Num seriado como o "Força Tarefa" gravamos menos cenas por dia e como é um episódio fechado temos a trajetória da personagem. São só essas as diferenças. No todo, as dinâmicas são iguais: emocionar o público com a história que temos para contar.
Você gosta desse tema policial?
Adoro! Eu já era fã do seriado desde a primeira temporada. Então quando fui convidada aceitei na hora!
Qual dos dois você prefere fazer?
Não tenho preferência. Com uma boa história e um bom personagem, estou no paraíso.
Em 2008 você participou de "O Paí, Ó!" e viveu a Kenga Sarah. Como foi contracenar com Lázaro Ramos e Wagner Moura?
Com o Wagner eu contracenei no filme "Tropa de Elite", onde fiz a psiquiatra do BOPE. Gostei muito do resultado da cena. Ficou tensa e intensa. Wagner é um ator que admiro imensamente e com um jogo de cena bárbaro. No seriado "Ó, Paí Ó" eu não cheguei a contracenar com o Lázaro. Mas, nos conhecemos nos bastidores. É um ator que admiro muito também e que tenho vontade de contracenar, com certeza!
Tem planos para voltar às telonas?
Sim. Estou escalada para o filme "Casagrande" do cineasta Fellipe Barbosa. Está em fase de captação e se tudo correr bem, filmaremos em 2011. É um projeto ótimo que nos levou a participar do "Sundance Directors Lab" em Utah.
Além de atriz, você é escritora e autora de quatro peças, "Mulher S.A.", "Até Quando", "Que Mundo É Esse" e "De Geração Para Geração". É difícil conciliar atuação com a escrita?
É agitado! Mas, é assim que eu gosto, que fico alerta, que consigo focar. Se está tudo muito calmo, não funciono bem [risos]. E, neste momento, terminei uma peça nova chamada "O Cara" que está sendo produzida. E para a TV faço parte da equipe de autores do programa de humor "Os Cara de Pau" da TV Globo. Atuar e escrever para a mesma empresa está sendo bárbaro, pois é conhecer a engrenagem da TV de ângulos diferentes.
FONTE\FAMOSIDADES





















Nenhum comentário:
Postar um comentário