Mãe de Cazuza, Lucinha Araújo
conta história de sua ONG em livro
Lucinha conta histórias da ONG que criou após morte do filho por Aids
Por Kamille Viola
RiEm 1990, depois de perder o filho, o cantor e compositor Cazuza, vítima da Aids, Lucinha Araújo passou a se dedicar a pacientes com a doença. Surgia ali a Sociedade Viva Cazuza, que tem sua história contada agora no livro ‘O Tempo Não Para — Viva Cazuza’ (ed. Globo, 256 págs., R$ 39,90), feito em depoimento a Christina Moreira da Costa, que ela lança hoje às 19h30 na Livraria da Travessa do Shopping Leblon.
O lançamento encerra a trilogia que conta ainda com ‘Só as Mães São Felizes’ (que deu origem ao filme ‘Cazuza — O Tempo Não Para’) e ‘Preciso Dizer que te Amo’. “O primeiro, foi para contar da minha convivência com ele. O segundo, foi para deixar para a posteridade as letras dele. E o de agora é sobre os 20 anos da Viva Cazuza, entremeado com coisas sobre ele”, diz Lucinha.
A ONG foi criada em 1991 e passou a ocupar uma casa em Laranjeiras em 1993. Hoje, ela abriga 25 pessoas, entre crianças e adolescentes — já chegou a 31. “Já tive limite de idade, hoje em dia é de acordo com as circunstâncias. Chega um ponto em que os mais velhos querem sair, viver a vida deles”, conta ela.
No livro, Lucinha lembra histórias de crianças que tinham em comum o fato de serem pobres e terem contraído o HIV das mães. Um cenário de mais preconceito e menos recursos do que hoje, mas ela chama atenção: a Aids ainda não tem cura. “A Aids saiu de moda e as pessoas estão voltando a se contaminar. Este ano, recebi sete bebês, todos recém-nascidos. Há seis ou sete anos não recebia”, diz.
Embora conviva sempre com a insegurança financeira da ONG, Lucinha comemora finais felizes de suas histórias, como a do morador mais antigo da casa. “Ele é o Newton do livro (os nomes foram trocados), faz escola profissionalizante e quer trabalhar na Globo, sonha ser diretor geral. Ele está namorando e foi bem aceito pela família dela.”
FONTE\ODIA




















Nenhum comentário:
Postar um comentário