Riccelli conta que sente saudades
de atuar e lança novo filme em Paulínia
Por Guilherme Scarpa
Desde que começou a ser reprisada no canal a cabo Viva, a novela ‘Vale Tudo’, de Gilberto Braga, tem feito muita gente ir dormir mais tarde — é exibida à 0h45. Para uns, a insônia é causada pelas maldades de Odete Roitman (Beatriz Roitman), para outros, pelos porres de Heleninha (Renata Sorrah), que animam a madrugada. Mas, para a mulherada em geral, o motivo é outro: Carlos Alberto Riccelli.
O cafajeste César, cúmplice de Maria de Fátima (Glória Pires), imortalizado pelo ator, volta e meia surge enrolado em lençóis ou exibindo o corpinho sarado. “Elas me param na rua. Tem gente que nem era nascida na época e diz: ‘Você não era o César?’. Isso é lindo, impressionante.
Me lembro que adorava fazer o personagem. Era boa demais a minha parceria com a Glória Pires e com a Beatriz Segall”, delicia-se ele, que, 23 anos depois, está com “sessenta e poucos”. “Não ligo para números, mas são muitos”, despista o eterno galã.
Hoje, aos 64 anos — dá para acreditar? — e sumidaço da TV há 12, Riccelli está se preparando para lançar seu terceiro longa, ‘Onde Está a Felicidade?’, em que dirige, mais uma vez, a mulher, Bruna Lombardi, e que contou com o auxílio do filho, Kim, seu assistente de direção na produção.
Selecionado para o ‘4º Paulínia Festival de Cinema’, que começa dia 7 de julho, na cidade do interior de São Paulo, o ator e diretor conversou com O DIA e falou sobre o filme, um dos seis concorrentes na categoria dos longas de ficção deste ano. Ele também revelou que está com saudades da telinha.
“Eu preciso é arrumar um tempo. Tenho vontade de voltar a atuar. Posso fazer uma coisa que não seja muito demorada”, diz ele, que está longe da teledramaturgia desde 1999, quando participou da minissérie ‘Chiquinha Gonzaga’.
No cinema, sua última incursão como ator foi no filme ‘Brasília 18%’, de Nelson Pereira dos Santos, em 2006. “No próximo projeto, eu também venho como ator. Adoro o trabalho, mas tenho feito mais produção e direção nos últimos tempos”, justifica ele.
UM NOVO LONGA
Riccelli confessa que ainda não arrumou tempo para rever sua atuação em ‘Vale Tudo’, reprisada desde outubro. “Todo mundo me pergunta isso. Passa tarde, né? Lembro que todo o elenco adorava fazer. A novela vinha muito a calhar com o momento histórico.
A gente sabia que estava desmascarando o Brasil. Sem falar nas músicas maravilhosas. Tinha Cazuza, Gonzaguinha”, recorda ele, que também brilhou como o pescador Nô, da série ‘Riacho Doce’ (1990), ao lado de Vera Fischer.
Casado com Bruna Lombardi há mais de 25 anos, Riccelli trabalha outra vez com a mulher em ‘Onde Está a Felicidade?’, cujo roteiro foi escrito por ela, que também protagoniza o filme. Eles se conheceram na novela ‘Aritana’, da TV Tupi, em 1979.
“É muito bom trabalhar em família, temos muita sintonia. Dessa vez, a gente quis fazer uma coisa para as pessoas se divertirem. ‘O Signo da Cidade’ (2007) era muito denso. Agora vamos dar risada”, compara ele, que passou cinco meses viajando à Espanha por causa das locações do longa, que se divide entre São Paulo e Santiago de Compostela.
É para lá que a protagonista, uma apresentadora de programa de culinária, decide ir quando descobre as aventuras do marido, vivido por Bruno Garcia, com uma mulher que conheceu pela Internet. “A personagem da Bruna vai fazer o Caminho de Compostela, mas dá tudo errado por conta das pessoas que viajam com ela. Temos atores espanhóis, além da participação de Marcelo Adnet e Dani Calabresa. A história é muito engraçada”, vibra.
FONTE\ODIA




















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