Britto Jr. revela como será nova atração
Por Lucas Moretti
Como vai ser seu novo programa na Record? Já tem nome?
Vai ser de variedades. Vamos falar um pouco de tudo. Acredito que vai ter notícia, espaço para falarmos sobre TV, celebridade. Uma coisa posso dizer: esse público da tarde é um universo a ser desbravado. Vamos descobrir quem são essas pessoas. Elas são tratadas como alienígenas. É o jovem que estuda de manhã? O idoso? A dona de casa? Qual é o perfil? O que elas querem assistir? A televisão brasileira sempre olhou para esse público com interrogação. Afinal, quem serão esses seres alienígenas?
O programa vai ter alguma semelhança com o ‘Encontro com Fátima Bernardes’?
Nenhuma. Com todo respeito, eles não descobriram nada. Eles tentaram inventar a roda, mas ela já foi descoberta há muito tempo. Mas meu programa não é oposto também. Na minha humilde opinião, não vejo nada nesse programa da manhã que se enquadre. Aquilo é uma tentativa. Não sei o que querem, aonde vão chegar. Mas acho que não vão chegar a lugar nenhum.
Qual vai ser o tema do seu programa?
O briefing que temos é de um programa de variedades. Se você tem o Britto, tem a questão jornalística, e a Ana vai tratar de assuntos ligados à mulher. Se vai ter mais um apresentador, com certeza, vai abranger um universo inteiro. Quanto à tinta, o cenário, se vai ter auditório ou não e outros detalhes, não sei ainda.
Vai ter entrevistas, pelo menos?
Tecnicamente, todo programa tem entrevista. Nesses dominicais, à tarde, por exemplo, vai um artista e ele é sabatinado. Às vezes, há jurados, show de calouros, piadas, stand-up... Sou jornalista, posso puxar para esse lado também. E entrevistar é algo universal. Quem souber fazer, tiver as técnicas, faz qualquer uma. Na ‘Fazenda’, também uso essas técnicas. Estamos contando para o público um fato, o dia a dia daquelas pessoas que estão confinadas em um jogo. Não posso inventar nada ali. E quero fazer as pessoas saírem de cima do muro. Todo mundo subiu e não tem nada para falar. Queremos derrubar isso. Não queremos gente que não dê opinião.
Como você lida com esse muro em ‘A Fazenda’?
Lá, o muro é muito alto. Os participantes não sabem, mas acham que ficar em cima dele é uma boa saída. É um suicídio. E na sociedade brasileira também. Você tem que ter personalidade, caso contrário, não chega a lugar nenhum.
Hoje, como você vê a programação vespertina na TV?
Vamos buscar a resposta. O programa não vai ser colocado como uma tentativa. Eu não acho que reprisar programas, novelas ou filmes que já passaram 800 vezes e ficar em primeiro lugar seja ter sucesso. Sucesso é descobrir quem é esse público, se apresentar para ele e oferecer alguma coisa que ele curta e se identifique. Essa é nossa missão.
Você já apresentou o ‘Hoje em Dia’ com a Ana Hickmann. Como é sua relação com ela?
A Ana é uma mulher inteligente, viajada, apesar de superjovem, e sabe dos assuntos da mulher. É uma pessoa que tem opinião.
Ela tem alguma mania?
Tem. A de usar salto alto e eu acabo ficando baixinho ao lado dela. Isso é horrível para mim. Principalmente para um cara de 1,80m. Acaba que todo mundo me para na rua e comenta: ‘Achava que você era mais baixinho’. A Ana já é alta e ainda usa mais aquele salto de 15cm pelo menos. Aí, você já imaginou, né? Mas já estou com saudade dessa mania. E eu brinco muito com ela: ‘Você não precisa disso, usa uma rasteirinha. Não me humilhe, por favor’.
Apresentando ‘A Fazenda’, você passa muito tempo em Itu. Sente falta da família?
Fico morando em Itu durante o reality. É claro que, de vez em quando, venho para São Paulo. São 100 km de distância entre a fazenda e minha casa. É uma operação cansativa. Além da estrada asfaltada, ando mais 10 km em estrada de chão. Ter que fazer isso todo dia é bastante cansativo. Sinto muita falta de ficar com o meu filho. Quero levá-lo à escola. Na verdade, minha mulher, a Fernanda, leva e eu busco. Porque ela gosta de levantar cedo e eu gosto de ficar até de madrugada lendo alguma coisa, na Internet, ou trabalhando.
FONTE\ODIA




















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