Latino revela que já morou debaixo
de um viaduto e foi flanelinha:
'Tomava banho no chafariz da pracinha'
Latino hoje comemora, mas nem sempre sua vida foi uma festa
Quem vê Latino fazer tanto sucesso hoje, não imagina que o cantor já passou por momentos difíceis na vida.
Até chegar ao glamour e às festas no apê, o cantor conheceu de perto o trabalho pesado: foi flanelinha, ambulante, lavou carros e chegou a morar embaixo de um viaduto.
É mole?!
Veja o bate-papo com o cara cheio de jogo de cintura, que pretende transformar suas quase quatro décadas de vida em livro e filme.
Quando se fala em Latino, se pensa em diversão, zoeira e glamour. Sua vida é sempre uma festa?
Odeio solidão! E morro de medo de ficar sozinho. Gosto de casa cheia, amigos por perto. Não acredito que colocar muita gente dentro de casa atrai energia ruim. Energia ruim tem em tudo quanto é lugar, é você quem faz o ambiente. Mas o glamour artístico mascara um pouco a minha simplicidade. Sou simples no me vestir, simples no comer. Acordo de manhã e peço um pão com ovo. No almoço, é arroz, feijão, batata frita e ovo de novo. Não tem porquê me deslumbrar. Já passei por poucas e boas nessa vida. Estou negociando uma biografia e um filme, talvez para o ano que vem, que vão contar tudo em detalhes. Podiam ter o título: “Eu era apenas uma rapaz latino-americano” (risos).
No último réveillon em Copacabana, quando gravou seu novo CD/DVD, você contou que já tinha sido vendedor ambulante ali naquelas areias. Como foi essa fase?
Foi difícil... Isso tem uns 20 anos mais ou menos. Aconteceu logo depois que voltei dos Estados Unidos e precisava arrumar uma grana. Eu e meu primo botávamos o isopor nas costas e íamos para Copacabana vender cerveja, refrigerante e água no réveillon. Lembro que, num ano, as atrações eram Raça Negra e Pepeu Gomes. A galera delirava e eu ali no meio da multidão, no sufoco. Comentei com ele: “Cara, um dia ainda vou subir aí nesse palco”. Meu primo zuou: “Só se for para te derrubarem lá de cima!”. Ainda nem cantava nem nada, mas tive esse sentimento, juro! Por isso, a gravação desse novo trabalho foi tão especial para mim. Fiquei emocionadíssimo com o que conquistei!
Você morava onde nessa época?
Tinha sido expulso de casa pelo meu pai, que queria que eu estudasse e tivesse um emprego normal. Mas eu só pensava em música, e ele me achava um vagabundo. Lembro que ele dizia: “Roberto Carlos só tem um. O resto está tudo passando fome”. E eu retrucava: “Roberto Carlos chegou onde chegou porque era diferente de todos os outros, e eu também vou ser!”. Ele duvidava. Peguei minhas trouxas e fui morar na rua. Dormi embaixo do viaduto do Méier por pouco mais de um mês. Tomava banho no chafariz da pracinha, dava uma de flanelinha, lavava táxis para faturar uma merreca e conseguir lanchar... Depois, uma tia me abrigou na favela Boca do Mato, no Engenho de Dentro. A casa inteira dela era metade desta minha sala (Latino mostra a imensa sala de estar em sua casa, na Barra). Dormíamos seis primos num quarto só. Sufoco...
Você acredita em sorte ou destino, depois dessa guinada?
A palavra que me vem à cabeça é superação. Sou, acima de tudo, muito religioso. Acredito que Deus dá oportunidade para todo mundo. Cabe às pessoas se esforçarem para alcançar seus objetivos. Tenho uma coisa de espiritualidade misturada com persuasão. E sou aquariano, né? São mil ideias, penso sempre à frente. Acho que sou até exagerado. Já estou lá em 2020, pensando no que vou fazer quando estiver velho (risos). Lançando esse DVD agora, já plantei uma sementinha para a Copa do Mundo, que vai acontecer daqui a dois anos: a música “O gigante” vai ser um hino. Meus amigos DJs também já estão trabalhando um hit para o próximo verão: “Bebemeter”, que diz que quem bebe só se mete em confusão e fuzuê. Mas isso é outra conversa...
Falando em confusão, volta e meia você se envolve em polêmica. Como é ficar no olho do furacão o tempo todo?
Ah, não tem como evitar... Hoje, com a existência das redes sociais, se eu conto para os fãs o que está acontecendo na minha vida, a imprensa pesca e faz um tititi em cima. Nas ruas do Rio também não está fácil circular, por causa dos paparazzi. E, sendo conhecido, qualquer atitude mais efusiva que você tome, já te chamam de agressivo. É muito delicado...
Latino diz que não há homem fiel e dispara: 'Até uma Ferrari guardadinha na garagem, com o tempo, vira um Fusca'
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'Até uma Ferrari guardadinha na garagem,
com o tempo, vira um Fusca'
Latino fala sobre a fama de mulherengo
Além de ser festeiro, Latino também é conhecido por sua movimentada vida amorosa.
Ele, que se considera meio Cadinho - personagem de Alexandre Borges em “Avenida Brasil” - , admite que não deixa de olhar mulher alguma, nem se ela for horrorosa.
Para o cantor, não tem tempo ruim...
- Pode passar uma mulher horrível na minha frente, que vou olhar. É mulher?
Eu sempre vou olhar - confessa Latino, que se mostra extremamente ciumento quando o assunto é sua primogênita, a filha Dayanne, de 17 anos.
- Dayanne é tudo o que eu tenho, a paixão da minha vida! Ela é meiguinha, carinhosa, inteligente...
Não pode nem namorar ainda! - diz o cantor.
Latino: ele tem sua própria regra sobre fidelidade
Leia mais na entrevista abaixo!
Sua movimentada vida amorosa sempre é destaque. Após tantas histórias, ainda acredita no amor?
Confesso que estou um pouco descrente. Já namorei demais da conta... Acredito que relacionamento bom é aquele que está legal para os dois lados. Enquanto existir carinho, vontade de cuidar, de ser cúmplice, vamos nessa! O bom é estar solteiro, mas Rayanne (Morais, miss, modelo e atriz, com quem Latino namora há pouco mais de um ano) me deixa tão à vontade que é como se eu estivesse solto na vida. Nosso relacionamento é de alma...
Vocês pretendem se casar?
A vida inteira, desde moleque, falava: “Não importa com quem eu esteja, mas no dia 12/12/12 eu vou casar”. Esse seria meu primeiro casamento de verdade, porque até agora eu só amiguei. Estava juntando dinheiro e tudo. Mas estou tendo que abrir mão do meu sonho pelo da Rayanne. Este ano é a última chance de ela ser eleita Miss Brasil, por causa da idade. E miss não pode ser casada, né? Então, a gente combinou de, pelo menos, ficar noivo nessa data, que é histórica para mim (Latino tem mania pelo número 12). Depois do concurso, casamos num dia 12 qualquer.
Você está apaixonado?
Minha paixão por ela é diferente de outras paixões. Estou torcendo para que seja o amor da minha vida. Tenho um histórico de mulheres gostosonas, peitudas e pernudas, e Rayanne é o oposto, magrinha. Mas ela foi me ganhando por outros aspectos, é esperta! Não me azucrina com ciúme bobo. Se ouve uma fofoca, vem me perguntar. E vou te falar: posso até sofrer de sincericídio, mas cansei de hipocrisia. Falo a verdade na lata!
Você sempre disse que homem fiel não existe. Rayanne lida bem com essa questão?
O que ela vem buscando em mim é a lealdade, mais que a fidelidade. Somos amigos, ela me chama de “pai”. E ela mesma já me disse que também não acredita que exista homem fiel. Talvez, Rayanne tenha admirado o fato de eu ser realista. Já falei: pode passar uma mulher horrível na minha frente, que vou olhar. É mulher? Eu sempre vou olhar. Homem é assim!
Não basta ter uma mulher linda ao seu lado?
É até chato falar isso... Mas uma Ferrari guardadinha na garagem, com o tempo, vira um Fusca, meu amor. É normal. Troquei a quantidade pela qualidade, mas não estou morto.
E se acontecer o oposto, de ela se interessar por outro? Você não tem ciúme?
Ah, sou aquariano, ciumento por natureza! Qualquer situação que eu ache esquisita, vou procurar saber. Não aceito, não. Sou meio Cadinho (papel de Alexandre Borges em “Avenida Brasil”), sabe? Não que eu tenha ou queira ter várias mulheres ao mesmo tempo. Já tive, e só dá dor de cabeça. Mas quero seguir a minha vida do meu jeito e ter a minha mulher como alicerce.
E posar nua, pode?
À vontade, isso eu não ligo, não... Todas as minhas mulheres já posaram...
E se fosse com sua filha mais velha, também deixaria?
A Dayanne? (Se assusta). Ah, não. Isso não! Dayanne é tudo o que eu tenho, a paixão da minha vida! Ela é meiguinha, carinhosa, inteligente... Não pode nem namorar ainda (a primogênita de Latino tem 17 anos)! Não quero nem pensar nisso, não sei qual vai ser minha reação quando acontecer... Estou nervoso... Vamos mudar de assunto?
Animadíssimo, Latino dá dicas do
que não pode faltar numa festa daquelas:
'bebida boa e mulher escolhida a dedo'
Latino diz que mulheres escolhidas a dedo não podem faltar em suas festas
Falou em Latino, pensou em festa.
Seja de dia ou à noite, no apê ou no iate, ao som do funk melody ou do kuduro, na companhia de Cátia Catchaça, Renata Ingrata, Naty, Taty ou Paty, vale tudo pelo bundalelê.
Como Roberto de Souza Rocha diz no início de seu “Live in Copacabana” para as 2 milhões de pessoas que compareceram à gravação do DVD, na megafesta do réveillon 2012, “Latino não combina com choro, mas com alegria”.
Por isso, ninguém melhor que ele para dizer o que não pode faltar numa boa festa:
- O principal é gente alto-astral. Boa bebida também. E mulherada selecionada a dedo é importante - lista Latino.
Veja mais na entrevista a seguir...
Por que a festa deixou o apê e passou a ser no iate?
Compus essa música inspirado numa rotina: tenho feito muitos shows para milionários. Eles me contratam para cantar em iates particulares enormes, e levo a banda inteira, com toda a estrutura para bombar a galera lá dentro. Cabem umas 400 pessoas! E o ambiente fica bem selecionado. Se não tiver o cartão-convite, não passa na catraca, não entra na festa. Só se for nadando... (risos)
Festa boa não pode ter penetra?
Até pode, desde que o penetra seja bacana. Se entrar numa de ficar de paparazzo, aí é terrível. Sofro muito com isso nas minhas festas. O problema não é quem eu convido, mas os acompanhantes. Depois que inventaram celular com foto, vídeo e o caramba, a privacidade acabou. Ano que vem, no meu aniversário de 40 anos, já está decidido: ninguém entra com telefone. Quero todo mundo se divertindo, sem esse negócio de tirar foto de tudo. Acaba com a liberdade.
Vai comemorar a nova idade num iate também?
Estou pensando nisso... Quero alugar o Pink Fleet (iate do empresário Eike Batista, que fica ancorado na Marina da Glória, em que as fotos desta reportagem foram feitas) ou pedir emprestado o barco de 120 pés de um amigo meu. Essa festa promete!
O que não pode faltar para uma festa ser perfeita?
O principal é gente alto-astral. Pessoas introspectivas, que vão ficar num canto, sem dançar, eu logo corto da lista. Separo meus amigos por tribos: os paradões, convido pra jantar; os animados, pra festa. Tem muita gente com vergonha de ser feliz... Eu quero ser feliz o tempo todo!
Além de convidados animados, festão tem que ter...
Boa bebida, de preferência de todo tipo; tratamento vip, com gente educada; acesso fácil aos banheiros; e um bom DJ, pra levantar a galera. A coisa da comida é muito relativa... Não convido ninguém para comer nas minhas festas, mas para dançar e se divertir.
Latino adora uma festa com gente alto-astral e mulherada bonita!
E mulher bonita?
Mulherada selecionada a dedo é importante. Mas não precisa ser necessariamente bonita. Tem que ter um astral bacana.
Com que frequência você promove festas?
Aqui em casa, sempre! Costumo fazer luau e trago duplas sertanejas, amigos cantores... Contrato dois garçons e está tudo certo. Tem coisa melhor que festa na sua própria casa? Entra só quem você quer, e ainda não corre o risco de ser pego na Lei Seca.
FONTE\EXTRA

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