terça-feira, 27 de novembro de 2018

Fernanda Paes Leme na terapia:
 “Fico feliz por ser essa mulher que estou me tornando” 
 Por Diego Bargas

 Fernanda Paes Leme é o terror dos acumuladores. No comando do Desengaveta, programa do GNT no qual ajuda famosas a se desapegarem de roupas que não precisam mais, a apresentadora vem reavaliando sua relação com o consumo. Isso começou há seis anos, quando organizou pela primeira vez um bazar que vende roupas doadas por amigas celebridades e reverte o dinheiro arrecadado para instituições. 
 Aos 35 anos, Fernanda se diz mais madura, tem se levado menos a sério e está mais desapegada do que nunca. Com 20 anos de carreira, 14 deles dedicados à atuação -- ela estreou na TV como a patricinha malvada Patty, no seriado Sandy & Junior (papel pelo qual é lembrada até hoje) e esteve em novelas como América (2015) e Salve Jorge(2012). Em 2016, enveredou para a apresentação comandand o o X-Factor, reality da Band, e agora é estrela do GNT, onde também apresenta o Missão Design. Parafraseando a colega Fernanda Souza, que também se descobriu apresentadora depois de anos atuando, ela considera a si mesma sua melhor personagem. 

 O encontro com QUEM para fotos e entrevista aconteceu em um quarto do hotel Gran Corona, que mantém a decoração original dos anos 80, no centro de São Paulo. Fernanda posou em clima íntimo, revelando seu lado simples e desencanado. “É tudo muito real na minha vida. Não tive um deslumbramento, as coisas não me enchem os olhos. Sou normal até demais”, diz. A conversa foi quase uma sessão de terapia: ela abriu o coração sobre os aprendizados que chegam com a idade e se revela bem resolvida com relacionamentos, mas avisa que 'felizes para sempre' não existe. 
São três anos no Desengaveta e seis do seu bazar. Você é até chamada de “musa do desapego”. Sua relação com o consumo mudou? 
Sou “musa do desapego em tudo”, não sou só desapegada com bens materiais. O que mais sou apegada é com as minhas relações com as pessoas. De resto, o desapego é real. Até quando termino um relacionamento. Dou uma sofridinha, mas logo vem o desapego. É muito bom apresentar programas que não levam só entretenimento. Eles plantam uma sementinha na cabeça das pessoas,  de consumirem de maneira diferente e o discurso tem que ir de encontro com a prática. Não adianta eu estar à frente desses programas e não agir da mesma forma. Mas não foi o Desengaveta que me fez mudar. Há uns cinco ou seis anos, mudei de casa e, quando cheguei no apartamento novo, vi umas caixas e achei que era tudo o que eu tinha. Eram apenas minhas roupas! Tinha tipo 80 calças, eu não sou uma centopeia! Quando me deparei com esses excessos, vi que não fazia sentido. Daí comecei o bazar para dar sentido a esse acúmulo. Eu ganhava muita coisa, nunca fui de comprar. Ir ao shopping não era um programa pra mim. Eu não fui criada consumindo, minha mãe não tinha a vaidade de ter as coisas porque minha avó costurava. Então, quando veio o convite do Desengaveta, essa era para mim a versão televisiva do meu bazar. Comecei esse projeto no prédio da minha mãe, para 50 pessoas, e foi crescendo. Neste último vieram mais de 1600 pessoas e sempre foi 100% beneficente. Ajudo umas 12 instituições bem variadas, voltadas para idosos, crianças, indígenas, animais, LGBTs... Me dá um conforto, me sinto muito bem fazendo, arrecado as roupas o ano inteiro. Tudo é feito com ajuda da família e dos amigos, então temos muito amor e afeto envolvido. 

 Isso tem feito você pensar nos impactos do consumo no meio ambiente?
 Se você me perguntar qual é o meu sonho hoje em dia, é ter uma casa 100% sustentável. Eu vejo que as pessoas estão mudando. Que comece com o canudinho (o canudo descartável feito de plástico foi proibido em algumas cidades do Brasil por questões ambientais), mas que não seja só isso. Eu acredito que o micro transforma o macro. Não dá para esperar do governo, das empresas. Os recursos do planeta vão acabar, é um fato. Se a gente não muda, não tem como viver. 

Como tem sido na prática ter um guarda-roupa reduzido?
 Eu acho saudável repetir roupa, é real. Li que essa coisa do “look do dia” fez meninas de 12 ou 13 anos quererem ter sempre roupas novas. A gente tem uma responsabilidade na formação dessas meninas, não é legal incentivar alguém a querer comprar cada vez mais. E um consumismo desenfreado que a gente tem que desacelerar. Eu tenho a sorte de usar uma roupa em um evento e devolver, não preciso ter aquilo. Pra comprar hoje uma coisa, tenho que querer muito. Aposto em roupas atemporais, que duram, que são um investimento. E eu amo brechó, coisa de segunda mão. Muita gente não pensa assim... A gente tem que respeitar o outro. Tento passar a mensagem pra frente, mas também me coloco no lugar do outro. As pessoas são diferentes, ainda bem, porque quando a gente discute, coloca um holofote nos problemas. Se esses problemas ficam embaixo do tapete todo mundo fica numa zona de conforto e vive como se estivesse tudo bem.

 Você começou sua carreira interpretando uma patricinha consumista no seriado Sandy & Junior, que completa 20 anos...
 Eu tinha 15 anos e não sabia andar de salto, nunca tinha usado maquiagem na vida, não usava acessórios. Viram a Patty em uma cara de nojentinha que eu fiz nos testes, e foi um processo a vaidade acontecer para mim. Foram quatro anos de seriado.

 Como é isso de passar mais da metade da sua vida na mídia?
 Hoje é muito orgânico, porque completo esse ano 20 anos de carreira. Estou nesse meio há muito tempo, nem sei o que é estar em um lugar e não ser reconhecida.

 Foi difícil?
 Minha carreira foi um degrau de cada vez, sobe um, desce dois, abre uma janela, fecha uma porta, então é tudo muito real na minha vida. Não tive deslumbramento, as coisas não me enchem os olhos. Sou muito normal, até demais. O trabalho é o grande protagonista da minha vida. Eu batalhei muito para ser a profissional que sou hoje, minha vida girou em torno disso. Tenho vontade de fazer cursos de marcenaria, de cerâmica. Agora estou olhando mais para mim, colocando outras prioridades.

 Isso te faz desacelerar o trabalho? Ter mudado para a apresentação faz parte dessa mudança? 
A Fernanda Souza diz que descobriu que o melhor personagem da vida dela é ela mesma. Coisas parecidas aconteceram com as nossas carreiras e eu super falaria essa frase, mas eu amo atuar, acho que ainda vou voltar a fazer novela, tenho essa vontade, mas amo apresentar, me comunicar, sou uma boa personagem. Com sete anos eu apontava para a TV e dizia “quero estar alí!”. Ia nas festinhas de criança e minha mãe ficava sem graça porque eu chamava mais atenção que a aniversariante. Geminiana é comunicativa, gosta de um holofote, mas eu sinto essa maturidade dos meus 35 anos batendo na porta, nesse sentido de ter um momento certo. vezes. Hoje penso muito antes de falar, de tuitar, de postar. Nem todo mundo está preparado para ouvir a verdade. Se é uma escolha minha, pode não ser a escolha do outro, então tenho que respeitar. Quem hoje recebe meu sincericídio é quem pede. Sou uma superconselheira amorosa dos meus amigos, e eles já vem até mim sabendo que não vão ouvir o que querem ouvir.
 
 Você é sempre muito transparente nas entrevistas, abre o coração numa boa. Você gosta de ser assim ou se arrepende do que fala? 
Não tenho problema de quebrar essa quarta parede. Antigamente, valorizavam os artistas que fossem reservados. Hoje em dia as pessoas são escaladas para trabalhos por conta do número de seguidores. Atores consagrados têm canal no youtube e mostram o dia a dia nos stories. Eu sempre gostei de ser acessível, para eu não ser assim eu teria que fingir uma persona, e isso dá muito trabalho. Tenho amigas que são doidonas, dançam até o chão e chegam em um programa de TV parecendo princesas, lindas, vendendo comercial de margarina. É uma proteção, mas não consigo. Me dá menos trabalho ser eu mesma. Prefiro, fico mais tranquila comigo. Não me arrependo do que falo, não cristalizo. Botei esse verbo na minha vida, “cristalizar”, que é você pegar algo, transformar em um cristal que não pode se quebrar. A vida é muito mais fácil se você não cristaliza nada. É tudo muito efêmero, não dá para se valorizar tanto, valorizar tudo o que fala, se levar tão a sério.
 Você também é bem resolvida com relacionamentos? 
Eu tive a sorte de nenhum relacionamento meu ter terminado com brigas homéricas, chifres… E tudo acaba. Meus ex-namorados não são parte do meu dia a dia, mas, por exemplo, o Thiago (Martins, ator)... Nós vivemos no mesmo meio. Quando terminamos, ele tinha 19 anos, eu tinha 24... Estou com 35, então prescreveu. Claro que em um primeiro momento tem um hiato, para organizar a casa, tirar uns móveis, trocar a roupa de cama, tomar um bom banho, e quando você se sente confortável vem o que fica, porque o amor transforma. Tenho um amor por todos os meus ex-namorados. Por um deles talvez eu não tenha, um que nem lembro que namorei, mas por todos os outros tenho o amor do afeto, de querer que aquela pessoa seja feliz, cresça. E eu vejo beleza nisso. Jamais serei aquela que diz “ex bom é ex morto”. A gente faz sentido na vida dos outros, aprende com elas, como você joga isso fora? E eu não quero sentir posse por ninguém. Não posso etiquetar as pessoas com “esse já namorei”, “esse eu vi primeiro”. Fico feliz por agir assim, ser essa mulher que estou me tornando, marcar a vida das pessoas, vê-las evoluir. Se eu disse “eu te amo” para alguém um dia, não posso jogar tudo na privada e dar descarga depois. quando eu era mais nova eu não tinha um coração, tinha uma planilha. Eu era bem prática e fui assim durante muito tempo. Tratando na análise, sei que é tudo defesa de pequenos traumas. Quando estou amando, quando me apaixono, sei que sou uma pessoa melhor. Tanto é que tenho buscado esse estado de amor. E de ser uma pessoa melhor, sem estar com alguém, só comigo mesma. Mas tenho vontade. Sonho é diferente de vontade. Eu tenho muita vontade de ter filho e terei. Mas não é meu maior sonho. Acredito na parceria, na troca. Enquanto a gente quiser chegar no mesmo lugar, e um ajudar o outro, e existir amor, afeto, tesão, vou te fazer o homem mais feliz do mundo, porque tenho esse dom. Amo fazer as pessoas felizes, amo fazer surpresa, mimar. A minha felicidade está muito no outro. E uma relação pode se desvirtuar no meio do caminho, mas tem que ser algo forte, não é na primeira crise abandonar o barco. Aí você é um pouco frouxo e a gente não quer estar com você (risos). Acredito nas relações de parceria, sendo elas de amizade ou de amor. Hoje sou solteira, mas justamente por ter muita certeza daquilo que eu quero pra mim. Então tem que ser muito bom para entrar na minha vida, para eu abrir a portinha do meu coração, que é muito fechada e muito reservada, por mais que não pareça. Me conquistar mesmo é muito difícil.
Pretende se casar e ter filhos?
 Sou romântica, mas isso é um pouco confuso dentro de mim. Amo botar culpa no signo. Sou gêmeos com virgem e a lua em peixes. Em algum lugar eu tenho um coração. “Tenho um lado doce que quase ninguém vê”, já diz a música da Preta (Gil). Gosto de afeto, mas não abraço e sento no colo de todo mundo. Casar de véu e grinalda eu já sonhei quando era mais nova, mas agora só sonho dormindo mesmo, não é o sonho da minha vida. Mas tenho vontade. Sonho é diferente de vontade. Eu tenho muita vontade de ter filho e terei. Mas não é meu maior sonho. Acredito na parceria, na troca. Enquanto a gente quiser chegar no mesmo lugar, e um ajudar o outro, e existir amor, afeto, tesão, vou te fazer o homem mais feliz do mundo, porque tenho esse dom. Amo fazer as pessoas felizes, amo fazer surpresa, mimar. A minha felicidade está muito no outro. E uma relação pode se desvirtuar no meio do caminho, mas tem que ser algo forte, não é na primeira crise abandonar o barco. Aí você é um pouco frouxo e a gente não quer estar com você (risos). Acredito nas relações de parceria, sendo elas de amizade ou de amor. Hoje sou solteira, mas justamente por ter muita certeza daquilo que eu quero pra mim. Então tem que ser muito bom para entrar na minha vida, para eu abrir a portinha do meu coração, que é muito fechada e muito reservada, por mais que não pareça. Me conquistar mesmo é muito difícil.

FONTE/QUEM

sábado, 3 de novembro de 2018

LUCAS LUCCO FALA SOBRE EXPOSIÇÃO DO NAMORO NAS REDES SOCIAIS:
 "SOMOS UM CASAL NORMAL"
Cantor sertanejo e Lorena Carvalho estão juntos desde 2013, entre idas e vindas

Por Isabela Pacilio
Com 15 milhões de seguidores no Instagram, Lucas Lucco faz o maior sucesso nas redes sociais e no palco. 
O cantor, que lançou seu novo álbum, A Origem, no começo de outubro, falou com a QUEM sobre o namoro com Lorena Carvalho e a importância da família na sua carreira.
"Eu e a Lorena entramos em um consenso que a gente não precisa ser o tipo de casal que vai mostrar tudo [nas redes sociais]. 
A gente fala sobre o nosso namoro de outras formas, posta uma foto, filma um momento ou outro. É mais natural, sem aquela parada de ser um casal: 'Nossa, somos um casal, olha aqui! Eu não gosto disso nela, ela não gosta disso em mim. Façam perguntas!'. Um relacionamento é muito mais do que isso. 
Tem que ser uma base sólida. Ficar expondo demais isso estamos sujeitos a várias influências ruins. 
Somos um casal normal, não precisa ser midiático", explica ele. Os dois estão juntos desde 2013, entre idas e vindas.
Quem também faz sucesso nas redes sociais é a mãe de Lucas, Karina. Ela tem mais de 210 mil seguidores no Instagram. O cantor afirma que a família é essencial para que a carreira siga sólida. 
"São meus pilares. A família, as pessoas que eu amo de verdade. Quando eu falo em família também coloco minha equipe, meu assessor, pessoas que são base para fazer as coisas acontecerem. Esse pilar todo mundo tem que ter, o pilar familiar", conclui Lucas.

FONTE\QUEM

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

LUDMILLA:
 "ME ACHAVA ESQUISITA, MAS AGORA ESTOU ME SENTINDO MAIS BONITA E GOSTOSA"
As sobrancelhas arqueadas, o jeito blasé e ao mesmo tempo durão de Ludmilla, distribuídos em 1,75 metros de altura, muitas vezes passam uma imagem errada da cantora. 
Dona de uma carreira recheada de hits -- Te ensinei Certin, Cheguei, Din Din Din e Jogando Sujo --, ela deixa revelar, em poucos minutos de conversa, que ainda mantém em sua essência aquela menina criada em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, cheia de sonhos, que gosta de farra e das coisas simples da vida.
 “Sou mega alegre e solta. Não sou metida. Tem gente que fala que eu tenho cara de má, mas sou que nem um neném, gente”, garante.
Apesar de dominar o palco com toda confiança do mundo, a estrela garante ser bem tímida e insegura em alguns aspectos.
 “Se vou postar uma foto no Instagram, fico olhando para aquela foto mais de duas horas, reparando e perguntando para todo mundo o que acham. 
Sou a pessoa mais insegura do planeta Terra. Eu não conseguia ser sexy e sensual porque me achava feia demais. Não gostava de mim. Eu me achava muito esquisita. Agora estou me sentindo mais bonita e mais gostosa”, admite.
A insegurança, no entanto, não significa uma fraqueza. Para se tornar este fenômeno aos 23 anos, Lud teve que criar uma carcaça que a ajudou a enfrentar o preconceito racial, de sexo e gênero musical.
 Mostrar que qualquer mulher negra pode ter êxito profissional e pessoal é o objetivo da estrela toda vez que faz um post em sua rede social usando looks grifados ou com um de seus carros, como o Porsche 911, avaliado em 500 mil reais.
“Quando posto meu carro e as roupas de grife, faço para mostrar que o negro também pode ter isso.
 No mundo em que a gente vive, têm algumas pessoas que não aceitam que existe, sim, negro bem de vida, estabelecido financeiramente e com poder. Tem gente que acha que o negro nunca vai poder chegar em algum lugar. Quero mostrar o contrário”, explica.
Se existe algum ponto ruim neste empoderamento, Ludmilla deixe escapar que talvez o sucesso a atrapalhe com os homens na hora da paquera.
 “O negócio está bravo para o meu lado. Os homens ficam muito intimidados. Já teve casos de famosos que trombaram comigo no Instagram e conversaram e tal, mas quando me viram pessoalmente, grandona e maior poderzão, ficaram intimidados”, conta.
Como foi sua infância em Duque de Caxias?
Brinquei muito na rua. Tenho a perna cheia de pereba de tanto que brinquei. Sempre fui muito molecona. Depois começou aquela parada de (ficar em) lan house.

Seus pais se separaram quando você era muito nova. Como foi ter sido criada por uma mulher que assumiu todas as responsabilidades da casa? (Sua mãe, Silvana Almeida, é sua empresária)
Minha mãe era o homem e a mulher da casa, meu pai e minha mãe. Ela sempre foi uma mulher independente e se sustentou sozinha. Ela trabalhava com telemarketing e depois ela teve um bar. Fui crescendo e querendo ser como a minha mãe. Acho que por isso que eu me tornei o que eu sou hoje. Por causa dela que meus pensamentos são voltados para coisas legais e boas.

Você cantava desde os oito anos. Como foi a sua iniciação musical?
Minha mãe e meu padrasto são do samba. Minha avó sempre ouviu Alcione e outros ícones brasileiros. Cresci ouvindo aquilo e amava pagode. Foi daí que comecei a pegar gosto musical. Cantava nas festinhas de casa desde os oito anos. Já o funk veio na adolescência, quando o ritmo começou a se popularizar. Todas as festas de aniversário que eu ia só tocava funk. Comecei a gostar muito e quando fiquei um pouco mais velha, comecei a frequentar algumas chopadas, que eram as festinhas pagas lá, e fui conhecendo mais o funk e aprendendo a dançar. Mas para ir aos bailes funks era uma peleja. A rua inteira tinha que convencer a minha mãe a me deixar sair. Toda vez a gente falava: “É aniversário de fulano de tal”. Até que acabavam os aniversários do círculo de amigos e as desculpas para eu inventar para poder sair se esgotavam. Se eu falasse que toda semana queria sair para ir para a balada tal ou para a festa tal, ela não ia deixar.

Você começou a carreira como MC Beyoncé. Como conheceu o trabalho da cantora e como ela mudou sua vida?
Quando criança, eu gostava muito de pagode e de imitar a Flávia Santana, backing vocal do Belo. Daí, estávamos em uma feira lá em Caxias, que sempre íamos, e enquanto eu esperava meu pastel ficar pronto, vi que estava rolando um DVD da Beyoncé e ela estava cantando “Baby, seems like everywhere I go I see you” (trecho da música Deja Vu). Eu pensei: “Que mulher é essa, minha gente?”. E ela ainda dançava muito. Parei e fiquei olhando. Na hora, pedi o DVD para a minha mãe. E ela: “Você nem entende o que essa mulher está falando. Por que você quer isso?”. Tive que convencer a minha mãe a comprar aquele DVD e depois disso começou a minha paixão pela Beyoncé. Ficava ouvindo este DVD o tempo inteiro e tentando fazer as melismas que ela fazia, mesmo sem saber cantar em inglês. Me apaixonei por ela e me dei conta de que queria ser aquilo. Aqui no Brasil eu não encontrava uma referência como a Beyoncé, que canta, dança e é pop. Ela era também uma mulher negra, jovem e empoderada. No Brasil, a gente tinha mulheres como a Alcione, mas eram mulheres mais maduras. Não achava ninguém aqui no Brasil para me inspirar. Queria ser cantora, dançar, usar cabelo e roupa diferente e aqui não encontrava essa referência. Encontrei lá fora.
Como você era na escola? Era estudiosa ou da bagunça?
Eu sentava na frente porque não enxergava bem, mas não era estudiosa. Sempre gostei muito de música. Se eu estou conversando com alguém ou fazendo algo que não seja do meu interesse, não consigo prestar muita atenção. Na escola não era diferente. Não conseguia me entender muito com algumas matérias porque estava pensando em música. Mas eu era mais avançada do que as outras crianças. Minha mãe sempre usou megahair e quando eu tinha 14 para 15 anos ia para a escola com o megahair dela. Chegava na escola e o povo ficava: “Que isso?”. Não era costume. Sempre gostei de ser diferente.

Sofria bullying por ser tão diferente?
Como eu usava megahair muito longo, que era algo diferente, começaram a me zoar que eu estava com cabelo de defunto. Eles falavam: “Ela está com cabelo de morto na cabeça”. Depois eu quis pintar de loiro. Daí começaram a falar que eu estava parecendo um mico-leão-dourado. Mas eu também era da turma da zoeira e então quem viesse me zoar não ia ficar por isso mesmo, eu ia zoar com ele também. Eu falava: “Vou usar o meu cabelo assim mesmo. Se gostou, gostou. Se não gostou, morre que passa, meu amor” (risos). Passava um bom tempo, as meninas que me zoavam começavam a me copiar.

Você sempre foi esta mulher confiante e segura?
Sou a pessoa mais insegura do planeta Terra. Se eu vou postar uma foto no Instagram, fico olhando para aquela foto mais de duas horas, reparando e pergunto para todo mundo o que eles acham. Para postar a minha foto mais curtida do Instagram, que eu ganhei mais de um milhão de curtidas, eu estava muito insegura. Minha mãe que me convenceu de que estava legal e de que eu deveria postar a imagem. Então, não sou essa mulher confiante que aparento ser. Agora estou um pouco mais segura de mim do que antes. Estou me sentindo com mais conteúdo. Depois que você começa a ter autoestima (elevada), tudo muda.

Mas pelo o que a gente acompanha nas suas redes, você aparenta estar mais segura, inclusive em relação a sua sensualidade...
Eu não conseguia ser sexy e sensual porque me achava feia demais. Não gostava de mim. Daí o Rodrigo Polack (stylist) me pediu para fazer umas poses extravagantes para as fotos e eu falava: “Não posso. Sou esquisita”. Eu me achava muito esquisita. Agora estou me sentido mais bonita e mais gostosa. Me olho no espelho e falo: “Nossa, estou uma gata”. Mudei a visão que tinha de mim mesma quando comecei a conhecer mais sobre maquiagem, sobre o meu corpo... Quando a pessoa vinha me maquiar, ela fazia um make que não tinha nada a ver comigo. Depois que aprendi a me maquiar e a entender as curvas do meu rosto, comecei a falar o que eu queria e agora sai do jeito que eu gosto e quero. Daí me sinto mais confiante.
Hoje você é uma referência para muitas meninas negras. Tem noção disso?
Agora sei que sou uma referência para as meninas também. Antigamente, não prestava muito atenção nisso, não tinha essa noção. Mas fui crescendo e amadurecendo. Ouvi muitas pessoas me falarem que eu era uma grande inspiração para elas. Muitas meninas negras começaram a pensar: “Quero ser igual a Ludmilla” ou “Se a Ludmilla pode ser uma cantora famosa, que veste a roupa tal e usa um cabelo colorido mesmo sendo negra, também posso”. O pensamento padrão era o de que mulher negra não podia usar cabelo colorido, nem liso... Eu vim mudando isso tudo. As crianças e adolescentes quando me encontram falam que querem ter o cabelo igual ao meu. Uma vez a Giovanna Ewbank me contou uma história da qual jamais me esqueci. A Titi (filha, de 5 anos, da apresentadora com Bruno Gagliasso) não queria ir à escola por causa do cabelo. Daí, a mãe dela mostrou uma foto minha e falou: “O cabelo da Ludmilla é igual ao seu. Você não acha a Ludmilla bonita?”. Ela respondeu que 'sim' e foi convencida a ir para a escola. Então, fico bem feliz com isso.

Seu looks são cheios de grifes e marcas poderosas. Você disse em um post que usa este estilo não para ostentar, mas para mostrar que as meninas também podem um dia conquistar uma carreira de sucesso e usar estes itens...
Gosto de coisas bonitas. Se encontrar algo assim na 25 de Março (famosa rua de de compras populares de São Paulo), eu compro. Mas quando posto meu carro e as roupas de grife, faço para mostrar que o negro também pode ter isso. No mundo em que a gente vive, têm algumas pessoas que não aceitam que existe, sim, negro bem de vida, estabelecido financeiramente e com poder. Tem gente que acha que o negro nunca vai poder chegar a lugar algum. Quero mostrar o contrário. É claro que por causa de todo o preconceito que a gente sofre, a gente tem que se esforçar duas vezes mais que o branco para conquistar alguma coisa na vida. Quero mostrar que isso é possível. Lembro de quando era criança, tinha um fã-clube da Beyoncé e postava fotos dos looks dela com as marcas das roupas. Eu via o Louboutin (sapato com a sola vermelha da grife Christian Louboutin) e ficava: “É caro demais, mas um dia vou ter dinheiro para comprar”. Só que aquele sonho estava muito distante. Onde eu morava nem tinha essas coisas. Eu, com a minha astucia, comecei a ir atrás de uma carreira, das minhas paradas, para um dia poder comprar isso. Por isso, que eu falo que a gente nunca pode ficar em casa esperando alguém te dar isso. Tem que sair da zona de conforto e ir atrás dos seus sonhos.

Qual foi o item que você comprou com o primeiro cachê que te deu essa satisfação de poder realizar um desejo antigo?
Quando eu entrava no mercado, eu queria muito aquela batata da latinha, que era muito cara, a Pringles. Quando eu fui para São Paulo fazer o meu primeiro show, parei em um posto de gasolina e peguei uma Pringles na loja de conveniência. Era uma coisa que eu queria muito.

Como você estava dizendo anteriormente, existe muito preconceito. Você como uma mulher negra que começou a carreira cantando funk, teve que vencer muitas barreiras para chegar aonde está?
Foram muitas barreiras. Enfrentei o preconceito racial, o machismo... Tinha a desvalorização do funk. Quando tinha um evento, eles chamavam artistas de todos os gêneros, menos do funk. Achavam que eu não ia saber cantar ou alcançar a nota. Mas com tanta popularização e mídia em cima, tiveram que começar a chamar a gente para os eventos. Quando eu começava a cantar, eles ficam de boca aberta. Falavam: “Menina, você canta demais”. Daí me chamavam para outro evento. E assim a gente foi quebrando o preconceito. Botamos a cara a tapa e acabamos com essa imagem horrível que eles tinham.

Mas você se lembra de uma situação especifica de preconceito racial?
O tempo inteiro passo por isso nas ruas com os gestos e olhares das pessoas. Mas tem uma situação que ainda me recordo. Aconteceu quando eu me apresentava ainda como MC Beyoncé. Estava me preparando para subir ao palco. As pessoas conheciam a minha música, mas não conheciam o meu rosto ainda porque não tinha clipe. Eu comecei a cantar no palco e essa moça estava do lado da minha mãe e nem tinha ideia de que eu era filha dela. E a moça falou: “Gente, mas essa neguinha macaca que canta essa música?”. Minha mãe só ouvindo isso. Durante o show, essa moça começou a curtir. Quando eu desci do palco, ela pediu uma foto comigo. Minha mãe botou a mão na frente e disse: “Não! Você não vai tirar a foto com a ‘neguinha macaca’”. A moça ficou sem graça e saiu. Agora, na minha frente ninguém fala nada, até mesmo porque essas pessoas são covardes, elas fazem pelas costas ou escondidas atrás de um celular ou computador.

Pela internet você recebe muitas mensagens de ódio e preconceituosas? Como lida com isso?
No começo, não sabia como reagir. Respondia, ficava debatendo, minha família inteira ficava morrendo de raiva e sem saber o que fazer. Mas foi ficando tão frequente e angustiante que comecei a procurar como poderia me defender do racismo. Eu não sabia. Daí, vi que poderia denunciar a pessoa, que ela poderia ser presa ou prestar serviços comunitários... Quando aconteceu novamente, entreguei para a Justiça. Aconteceu de novo, fiz a mesma coisa. Quando eles viram que era crime e que eu boto mesmo a chapa para esquentar, começaram a se segurar e agora não tenho mais visto esses comentários. Por isso, que acho muito importante ressaltar em toda entrevista que eu dou que isso é crime e que a pessoa tem que procurar uma delegacia. Não tem que sofrer, abaixar a cabeça e ir chorando para casa. Essas situações não devem acabar por ali. Aquilo te consome. Se você age contra isso, você fica mais leve.
Ter que se defender toda hora do preconceito te deixou mais durona?
Sim! Se você não tiver esse lado mais durona e botar a sua farda de metal para andar na rua, você não vai chegar aonde quer. Eu botei a armadura e fui para a rua. Me fiz de durona mesmo. Se bater, vai pagar pelo que fez e eu estarei preparada para o próximo.

No começo de sua carreira, você era vista como uma pessoa arrogante. Acredita que tenha sido por causa desse jeito mais durona?
Não sei. Acho que foi uma forma que acharam para tentar prejudicar a minha carreira. Eles não podiam falar que eu não era talentosa, que eu cantava mal e nem que a minha música era ruim. Isso me prejudicou muito. Muita gente não gosta de mim e não quer saber de mim por causa das fake news como “Ludmilla não quer tirar foto com fã”. No dia em que eu destratar um fã, me prendam na camisa de força. Eu sei a importância que eles têm. Daí, pegam uma abusada na rua, que faz um deboche com você, e chamam de fã. Como eu te falei, de onde eu vim, amor, fez, vai levar. A minha mãe me falava: “Se você chegar em casa chorando porque apanhou na escola, tu vai apanhar de novo”. Fui criada assim no “bateu, levou”. É assim que acontece na rua. Se as pessoas me tratam mal, faço da mesma maneira. Só que daí inventam que essas pessoas são fãs e que eu destrato os fãs. Falam que eu sou muito marrenta. Acabo perdendo trabalho, amizade e um monte de coisa legal por causa de fake news.

Acho que com o fortalecimento das redes sociais, essa imagem mudou, né? Vemos no seu Instagram uma Lud mais divertida, menina, leve... Você procurou profissionais para te ajudar a mudar essa imagem?
Quando eu mexo no Instagram, não penso nisso. Se posto uma brincadeira com os meus amigos é porque estou zoando mesmo. Posto para todos os meus amigos verem. Mas sei que as redes sociais me ajudam muito a descontruir essas mentiras. Eu não sou aquela pessoa das fake news. Sou uma pessoa mega alegre, solta... Não sou metida! Têm amigos que falam que, às vezes, tenho cara de nada. Que estou feliz pra caraca, mas que não mostro, fico mexendo no celular... Acho que essas sobrancelhas arqueadas também dão uma intimidada. Tem gente que fala que eu tenho cara de má. Mas eu sou que nem um neném, gente!

Você é muito discreta em relação a vida amorosa. Como faz para manter seus relacionamentos em segredo morando no Rio de Janeiro com tantos paparazzi?
Não tem muito mistério. Quando você quer ser discreta, não pode frequentar locais muito públicos com a pessoa que você está. Se você for, alguém vai fazer a foto e postar. Eu sou solteira, livre e desimpedida. Então, ando mais desencanada. Se alguém ver, viu, paciência. Não dá para ficar encanada e com paranoia de que alguém vai te ver e te fotografar.

Como é paquerar sendo famosa?
O negócio está bravo para o meu lado. Os homens ficam muito intimidados. Já teve casos de famosos que trombaram comigo no Instagram e conversaram e tal, mas quando me viram pessoalmente, grandona e maior poderzão, ficaram intimidados.
Você tem um corpão, mas não vejo você postando uma rotina fitness ou comendo coisas saudáveis. Como é a sua alimentação?
Às vezes, dou uma pirada e fecho a boca. Porque vejo que não fica bem no vídeo. Não é que eu me importe com a aparência de alguém, mas para mim, não gosto muito de engordar porque gosto de usar roupas extravagantes e essas roupas não têm em todas as medidas. Fico possessa porque quero entrar naquela sainha que a modelo estava usando na passarela. Então, tenho que dar aquela seguradinha na boca. Mas não faço dieta extrema. Até deveria! Queria muito ser fitness, ficar sarada... Acho lindo corpo sarado, mas não é para mim, não. Não sirvo para isso não.

Como você se vê daqui 20 anos?
Quero ter muita saúde, em primeiro lugar. Também quero estar muito rica e rodeada por todos os meus familiares para curtirem isso comigo. Sonho em ter a minha marca de roupas também. Tenho várias fotos no Instagram de looks que eu mesma criei. Quero ser uma empresária bem forte também de vários artistas. Gosto de extrair o melhor das pessoas. Se eu vejo uma pessoa que está começando a cantar ou a tocar, já quero fazer uma música e um arranjo para a pessoa.  

E sonha em formar uma família?
Quero ter uma filha e um filho para ficar brincando de boneca com eles, ficar vestindo eles bonitinhos (risos).

Sonha também em produzir músicas em outra língua e tentar carreira internacional?
Eu sonho em ter uma carreira internacional, sim, mas é um projeto que se concretiza aos poucos. Fiz a minha turnê na Europa esse ano, por exemplo, e foi incrível, tive um retorno muito positivo. Além disso, também lancei uma música recente com o Maejor, a Oh My God, que é um passo nessa direção. Nacionalmente eu ainda tenho muito para conquistar, mas a carreira internacional está nos planos.

FONTE\QUEM

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

TOP GIZELE OLIVEIRA CELEBRA 2º DESFILE DA VICTORIA'S SECRET:
 "OUVI A VIDA INTEIRA QUE NÃO ERA BONITA"
Natural do Espírito Santo, modelo será uma das quatro brasileiras que participam no badalado desfile da marca de lingerie neste ano

Por Marina Bonini
Guarde bem o nome de Gizele Oliveira. A top brasileira, de 25 anos, é uma das novas sensações da moda mundial e desfilará, pelo segundo ano consecutivo, no show anual da Victoria's Secret de 2018, que deve ter apenas quatro brasileiras nesta edição: Gizele, Lais Ribeiro, Barbara Fialho e Adriana Lima.
Nascida no Espírito Santo, a jovem relembra que o começo de sua carreira, aos 17 anos, foi desafiador. Além de ter que conciliar os estudos e trabalho com os ensaios como modelo, ela teve que enfrentar críticas em relação a sua aparência.
"Eu ouvi a minha vida inteira que eu não era bonita, que não tinha nada de especial. Só comecei a acreditar em mim mesma quando vim para os Estados Unidos e as pessoas começaram a me elogiar por coisas que eu sempre fui colocada pra baixo antes, principalmente sobre o meu estilo", relembra ela, que não passou em nenhum teste para fazer parte do casting de agências em São Paulo e se mudou para Miami para investir na carreira no mundo fashion.
"O começo da carreira foi difícil, eu estava ainda estudando no terceiro ano e também trabalhava. Então, às vezes eu tinha que pedir folga do trabalho para fazer algum desfile. Lembro que um dia a minha chefe me perguntou se eu queria trabalhar lá ou ser modelo. Não pensei duas vezes e larguei tudo pela minha carreira. Nunca me mudei para São Paulo porque nenhuma agência havia dito sim, então fui direto para Miami."
Morando em Nova York desde 2014, Gizele hoje celebra ter conquistado seu espaço na moda e ser eleita uma das brasileiras que representará o País no desfile da Victoria's Secret, que é gravado no começo de novembro e costuma ser exibido na TV em dezembro.  Ansiosa para o grande dia, ela conta o seu segredo de beleza antes de ir a um teste da marca, que reprovou recentemente as beldades Isabeli Fontana e Izabel Goulart.
"O casting da Victoria’s Secret sempre me deixa super ansiosa. Antes do casting eu sempre malho bastante e tento cortar os carboidratos", conta ela, que segue uma dieta pescetariana, de peixe e vegetais. "É bem fácil me alimentar bem por causa da dieta que eu sigo. Mas também amo macarrão, pizza e chocolate."
Te descobriram como modelo quando você estava assistindo um desfile no shopping. Qual foi a reação da família quando soube do convite? Te apoiaram?
Eu tinha 17 anos na época. Minha família ficou feliz, mas quem realmente ficou superanimado foi meu padrinho que sempre acreditou em mim.

O que mais te surpreendeu positivamente e negativamente no mundo da moda?
Positivamente, eu me surpreendi com a liberdade de expressão. Eu sinto como se eu pudesse ser quem eu sou e me vestir do jeito que eu quero. Negativamente, que mesmo nos dias de hoje, com todos querendo vender a diversidade, eles ainda não dão espaço para todos os tipos de beleza. Isso é notável na semana de moda, por exemplo.

 Quais os perrengues que teve que enfrentar para chegar na posição que está hoje?
 Eu acho que já passei por todos os tipos de perrengues imagináveis. No começo não tinha dinheiro para comida, vivia com um gift card que a agência oferecia semanalmente de 50 dólares e não dava pra comprar nada além de comida congelada. Fiquei assim por um ano, pelo menos. Já sentei e chorei na rua muitas vezes porque eu me perdia e ninguém queria me ajudar. Entre outras coisas do tipo.

 Qual foi o trabalho mais importante para a sua carreira?
Pra mim o trabalho mais importante da minha vida com certeza foi o desfile da Victoria’s Secret!

Uma modelo passa nas passarelas e nas fotos muita confiança. Já li em entrevistas que você é tímida. 
Você sempre teve boa autoestima ou também encarou fases de não se achar bonita?
Sim eu ainda sou muito tímida, mas isso é mais visível quando eu conheço pessoas novas. Eu ouvi a minha vida inteira que eu não era bonita, que não tinha nada de especial. Todo mundo tem aquela fase que se acha menos bonita, o cabelo não tá bom, a pele não tá boa. É normal!

Muitas tops como Izabel Goulart têm a barriga saradíssima e sempre dividem com os seus seguidores a rotina fitness. Você também tem essa preocupação com a malhação?
Sim. Eu malho quase todo dia. Só não malho quando trabalho o dia todo e estou muito cansada.

A Isabeli Fontana recentemente relembrou o começo da carreira no seu canal do YouTube e disse que a competição e a relação com outras modelos nem sempre era fácil. Como é o clima nesses testes entre as modelos? Existe um clima pesado de competição mesmo?
Eu acho que antigamente era bem pior. Cada modelo tem seu estilo e personalidade, então não acho que as meninas se odeiam ou algo do tipo por serem maiores do que as outras.

Você chamou a atenção recentemente por ajudar uma colega que caiu na passarela. Acha que falta mais atitudes como a sua no mundo da moda ou o pensamento das modelos está mudando?
Eu acho que vai de cada pessoa. Naquele mesmo dia, no backstage, meninas que estavam no desfile me disseram que não imaginavam o que fazer se fossem com elas. Nem eu mesma saberia responder essa pergunta, antes do acontecido. Apenas agi no impulso e fiz o que achei ser certo.

Você já caiu na passarela? Como foi se levantar e recomeçar como se nada tivesse acontecido?
Nunca cai, mas já escorreguei, com certeza.

O que acha das comparações que fazem com a Gisele Bündchen?
Eu acho incrível, até porque ela é uma das modelos que mais me inspirou desde criança. Porém, ainda tenho muito o que trabalhar pra chegar ao nível dela. O que mais me inspira nela é como ela levou a carreira dela pra frente, a pessoa que ela é e como eu ouço as pessoas que já trabalharam com a Gisele falarem o quão ela é incrível.
Além de Gisele, quais são as suas inspirações?
Não tenho outras modelos que me inspiram como ela, mas tenho modelos que amo o estilo e personalidade como Bella Hadid e Elsa Host.

O que mais se orgulha de ter conquistado com o seu trabalho até hoje?
Tudo que consegui até hoje! Desde poder ajudar minha família quando eles precisam a poder realizar meu sonho de aprender línguas diferentes e de viajar o mundo. A vontade de seguir os meus sonhos sempre me motiva. Ainda sonho em comprar um apartamento nos Estados Unidos.


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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

DANI CALABRESA FALA SOBRE PAIXÃO PELA DISNEY:
"TENHO UMA LIGAÇÃO ESPIRITUAL"
Humorista declara seu amor pelos parques de Disney, revela atrações favoritas e conta que se tem quatro dias de folga corre para lá

Por Diego Bargas
Dani Calabresa é fã de carteirinha dos filmes, personagem e parques da Disney e mostra isso em suas redes sociais. O que pouca gente sabe é que essa paixão da humorista vai além de apenas entretenimento.
Meu sonho é morar na Disney. Eu queria ser uma mendiga na Disney, perambulando pelos brinquedos”, brinca, em conversa com a QUEM nos bastidores do ensaio publicado na capa especial de Dia das Crianças. 
“O Walt Disney é meu maior ídolo. Ele é um gênio do entretenimento e me emociona em todas as camadas.
 Sou atriz por causa dele, queria ser desenhista por causa dele, as músicas dos filmes me emocionam, eu quero fazer teatro musical e cantar por causa dessas músicas. Eu queria morar na Disney, é o lugar mais feliz do mundo.”
Dani é apaixonada por viajar, mas tem seu refúgio em Orlando, cidade da Flórida, EUA, onde ficam os quatro parques do complexo Walt Disney World.
“Eu vou pra Disney correndo, se eu descobrir que eu não gravo de quinta a domingo, na quarta eu tiro a peruca no caminho do aeroporto, viajo de madrugada, quinta já estou num parque. Eu tenho passe anual! E volto inspirada, querendo escrever texto, fazer peça, curso de dança, de canto.”
Os amigos já a questionaram sobre todo esse amor pela Disney.  “Tem gente que me julga. O Welder Rodrigues, que faz o ‘Zorra’ comigo, nunca foi para Disney, e  ano passado ele me perguntou porque eu estava indo de novo se lá era só montanha-russa e compras, mas não é isso! É filosofia de sonhos.
Se você pode sonhar você pode realizar. A vibe me faz bem. Parece que sou louca, mas tenho uma ligação espiritual. E minha família inteira é assim”, diz Dani.
As atrações tradicionais são as que mais cativam Calabresa. "O show da Pequena Sereia (atração do Disney’s Hollywood Studios) eu quero me tacar no chão e chorar. Eu fui nele quando estava estreando, tinha 10 anos.
 Era novidade e o show ainda existe. Amo brinquedo nostálgico, os com bonecos animatrônicos. Piratas do Caribe (atração do Magic Kingdow) eu acho mágico e acho que eles são vivos. Quando o parque fecha eles botam calça jeans, batem cartão e vão para casa. 
O do Frozen (no Epcot Center), que já é um animatrônico mais moderno, não tem como nao chorar. Eu já vejo ali se a pessoa tem alma. Se a pessoa só espera as coisas virarem de ponta cabeça e não chora a amizade até abala".

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terça-feira, 30 de outubro de 2018

MALU FALANGOLA: 
"DIVIDI PERRENGUES COM APRENDIZADOS"
Aos 24 anos, atriz está no elenco da novela 'O Tempo Não Para', afirma que se adaptou ao Rio de Janeiro, mas não deixam de visitar Recife: "Sempre volto para reenergizar"

Malu Falangola é um dos nomes que ganha espaço no elenco de O Tempo Não Para, interpretando a personagem Nat. Pernambucana, a atriz já havia atuado em Malhação e feito uma breve participação na supersérie Onde Nascem os Fortes e agora conquista um papel de maior destaque.
Aos 24 anos, ela iniciou a carreira aos 17 e já enfrentou perrengues, como as dificudades financeiras em um mercado concorrido. "A falta de investimento e poucas oportunidades nessa carreira pesam muito. Fiz teatro de rua, webséries, teatro infantil, musical. Todos me trouxeram uma bagagem de experiências únicas e dividi perrengues com aprendizados, que carrego até hoje", afirma.
Como surgiu a chance de participar de O Tempo Não Para?
Cada trabalho que faço vem me dando bons frutos. O convite surgiu pelos diretores Leonardo Nogueira e Adriano Melo que conheceram meu trabalho em Malhação - Pro Dia Nascer Feliz. Fiquei muito grata pela nova parceria e feliz em poder trabalhar novamente com uma equipe tão profissional e que vem se destacando a cada obra. A Nat, minha personagem, é o braço direito do Samuca [Nicolas Prattes], dono da Samvita. É workaholic, determinada, uma mulher inteligente e de personalidade forte. Ela apresenta um posicionamento feminino muito positivo em ambiente empresarial e, paralelamente, traz uma história leve e divertida com suas relações amorosas.

Você é pernambucana e recentemente teve a chance de participar de Onde nascem os fortes, supersérie rodada no sertão paraibano. Como avalia este trabalho?
Foi uma rápida e interessante experiência. Estar em cena dentro de uma obra tão brilhante, com certeza é mais uma memória a se guardar da minha trajetória. O fato de se passar no Nordeste me fez sentir, mais uma vez, o que é representar minha terra, o que me traz grande emoção dentro da arte.

Você iniciou a carreira aos 17 anos. Enfrentou muitos perrengues?
Sim, infelizmente, como qualquer profissional da arte. A falta de investimento e poucas oportunidades nessa carreira pesam muito. Fiz teatro de rua, webséries, teatro infantil, musical. Todos me trouxeram uma bagagem de experiências únicas e dividi perrengues com aprendizados, que carrego até hoje.


Sempre teve apoio da família ou enfrentou alguma resistência?
Tudo o que conquisto é graças à força da minha família. Eles me apoiaram com todo amor do mundo e me acompanham emocionados a cada passo. Eles são minha sorte e minha determinação.

Como foi deixar sua cidade para se estabelecer no Rio?
Criar novos hábitos é um tarefa difícil, demanda tempo, mas o Rio é uma cidade receptiva, com uma diversidade massa que transforma. Recife continua sendo meu cantinho e se tornou minha saudade que sempre volto para reenergizar. O bom é que agora tenho dois lugares que amo.

Quais seus sonhos profissionais?
Me estabilizar na profissão já é um grande passo. Mas, meu grande sonho, é estrelar um filme do cinema pernambucano, o qual meu bisavô Ugo Falangola foi pioneiro no estado fazendo o primeiro filme da região na década de 20.

Se tivesse que se imaginar daqui a 10 anos, como gostaria de estar?
Há 10 anos já pensei nisso e em nada acertei (risos), mas vou chutar o que tentarei elaborar daqui pra lá: filhos, casada, estabilizada com meus 16 anos de carreira e impressionada novamente com tudo o que me engrandeceu e transformei na minha vida.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

EDSON CELULARI FALA SOBRE SUPERAÇÃO DO CÂNCER:
 "INVERTI UMA FILA DE PRIORIDADES NA VIDA"
Na pele do carismático Dom Sabino de 'O Tempo Não Para', ator fala sobre sucesso da novela e desafios do personagem

Por Beatriz Bourroul
Edson Celulari conquistou o público na pele de Dom Sabino de O Tempo Não Para, atual novela das 7. 
Aos 60 anos, o ator celebra o sucesso do personagem que caiu no gosto popular com suas observações e espantos curiosos em sequências da trama.
"Sei que é cair na palavra comum dizer que é 'um presente', mas realmente é mesmo. É uma personagem de grande responsabilidade dentro da trama", afirma Celulari para QUEM. 
A chance de fazer o personagem veio após uma breve passagem por Malhação - Vidas Brasileiras (2018), em que interpretou o político corrupto Eduardo Mantovani, e A Força do Querer (2017), quando viveu o executivo Dantas.
O ator, que enfrentou a luta contra um linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático, em 2016, o ator acredita ter saído mais forte após a doença. 
"Tive a oportunidade de viver da melhor forma tudo aquilo. Fui muito acarinhado. Tudo correu bem. O que eu vejo é aproveitei o tempo que tive para priorizar o que é importante de verdade e inverti uma certa fila de prioridades na vida."
 O Tempo Não Para tem sido bastante elogiada e Dom Sabino é bastante querido nas redes sociais. A que atribui esse sucesso do personagem?
 A novela tem uma história muito boa ao colocar nos dias de hoje uma família vinda do século 19. Dom Sabino é conservador, mas, ao mesmo tempo, é progressista e, principalmente, humanista. Ele nunca maltratou seu escravos, mas tinha escravos porque era o que se tinha na época. Ele criou uma filha moderna, independente. Ao mesmo tempo, a mulher é extremamente severa, mais carola. Ao despertar e ver a Avenida Paulista, é emocionante ver a reação daquele homem. Ele apostava na telefonia, no progresso das ferrovias e rodovias. É emocionante ver a reação dele com a luz elétrica, o tamanho dos prédios... Ele chama as motos os carros de carruagens motorizadas e vai batizando o que encontra... Cavalos motorizados, aves motorizadas. Ele se encanta com o progresso.

Mas nem tudo é positivo.
Sim. Ao mesmo tempo, ele se depara muitas vezes com o humano pior, que não confia na palavra, um político ruim... Um brasileiro com cargo público tão preguiçoso, tão malandro quanto o da época dele. Ele vai constatando questões sob um ponto de vista interessante. Estou me divertido com esse papel.

Como definiria este viés? Considera cômico?
Cômico-realista. Não é farsesco. Se a gente fosse pro farsesco, o valor diminuiria. O bacana que eles são de verdade. Há situações de non-sense. Ele chega para o taxista e diz: ‘Condutor, vamos para a Freguesia do Ó, ao Largo da Matriz, onde foi enforcado o bandido Unha de Cobra’. Ele fala isso porque é a referência dele. Essa é a referência dele e é engraçado para quem escuta, mas ele não fala de forma engraçada, farsesca. Para o público soa engraçado, mas para ele não. Viver o Sabino é maravilhoso, um presente. Sei que é cair na palavra comum dizer que é “um presente”, mas realmente é mesmo. É uma personagem de grande responsabilidade dentro da trama. Quanto mais divertido for para nós, do elenco e equipe, realizarmos essa história, melhor será o resultado para o público e para o conteúdo deste produto. Acho que estamos no caminho certo. Contamos essa história de uma forma verdadeira.

Antes de O Tempo Não Para, você tinha participado da atual temporada de Malhação. Gostou da experiência na trama teen?
Fiz uma participação. Era um político corrupto. Estou versátil (risos). Essa atual Malhação [Vidas Brasileiras] está indo bem. Tem um ponto de vista interessante porque a situação que estava inserido não era em cima do meu personagem, um político preso na Lava-Jato. O ponto de vista recaiu em cima da família – a filha, a esposa e a funcionária.

Você tem uma trajetória com mais de 30 anos de carreira. Quais os principais desafios que encontra em um trabalho como O Tempo Não Para?
Uma dificuldade que tenho ao interpretar o Sabino é que não dá para improvisar. É difícil improvisar. Ele só fala “para”, não fala “pra”. No meio de uma gravação de novela, com tanto texto, já acabei deixando escapar um “pra” e tive que voltar. O diretor falou: “Edson, você falou ‘pra’!”. Não acreditei! Estou me policiando. É para, para, para. O mais difícil é não levar  Sabino para a vida. Se eu começar a falar “para” o tempo todo vou virar um senhor do século 19. Tudo bem que eu já sou um senhor, mas não do século 19 (risos). Sou um senhor do século 21. A questão da prosódia é uma dificuldade real.
Ator contracena com Juliana Paiva em O Tempo Não Para. Atores mostram sintonia nos papéis de pai e filha

Quando recebeu o convite para O Tempo Não Para, foi fácil embarcar na proposta diferenciada da trama?
A gente quando lê uma ficção, vem aquela ideia de “once upon a time...”, “a long time a go...”. Tem que começar a ler e acreditar. É como se você, hoje, fosse parar no século 23. Para você, como será o século 23? O George Orwell previu para 1984 uma sociedade muito mais adiantada do que aquela que chegamos em 1984, enfim... É a capacidade de imaginação. Para esta novela, o Mário [Teixeira, autor] em vez de prever o que acontecerá, retrocedeu a família, colocou a família no passado e a novela mostra o que era para os dias atuais. Ele vai se encantar pela mulher moderna. Ele casou com uma mulher que só tinha visto uma vez antes do casamento e pela gelosia de uma janela. Gelosia é uma fresta. Tem termos muito engraçados. Eu nunca peguei tanto dicionário na minha vida como nesta novela. É bacana. Se eu falo “gelosia” como se fosse uma palavra estranha para mim, o público não vai entender, não vai encaixar com naturalidade. Está divertido fazer este personagem.

Com o que se diverte mais?
No conflito e nas descobertas, meu personagem vai se assustar, vai aprender, vai recusar, aproveitar... Ele adora essa ideia de apertar e sair um café. Ele celebra: “Saiu um café preto e forte como me apetece”. O progresso o fascina. Ele gosta de girar uma chave e ligar o carro, diferentemente dos tempos em que tinha que dar feno ao cavalo para que a carruagem fosse puxada. E fico encantado com o valor da palavra. Ele será vítima da algumas situações em que se instala de maneira ingênua. Dom Sabino é íntegro e as situações de moldam de maneira equilibrada para que ele sirva de um bom exemplo.

Você havia ficado um tempo afastado do trabalho para cuidar da saúde, mas de um tempo pra cá tem feito vários trabalhos. A Força do Querer, Malhação, O Tempo Não Para... Sinal de que a saúde vai muito bem, certo?
Estou ótimo. Tudo resolvido. Tive a oportunidade de viver da melhor forma tudo aquilo. Fui muito acarinhado. Tudo correu bem. O que eu vejo é aproveitei o tempo que tive para priorizar o que é importante de verdade e inverti uma certa fila de prioridades na vida. Acho que saí melhor. Claro que é uma experiência amedrontadora, uma sensação de finitude, mas saí mais forte.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Carol Macedo:
 'Não tenho um estilo próprio. Gosto de ir do clássico ao ousado'
Atriz revela sua paixão pela moda, fala de relacionamento, carreira e muito mais

Aos 25 nos, Carol Macedo colhe os louros de sua bela atuação como Paulina em 'O Tempo Não Para'. 
A atriz trocou sua tão amada São Paulo pelo Rio de Janeiro, onde agora mora com o namorado Rafael Eboli, de 36 anos, por conta das gravações da novela.
 Ela garante que os 11 anos de diferença na idade em nada atrapalham o relacionamento. Pelo contrário! 
Carol se define em uma fase muito mais madura. Apaixonada por moda, ela trabalha com a possibilidade de em breve lançar sua própria coleção de roupas. 
Apesar de Paulina, sua atual personagem, não ser tão ligada à moda quanto Carol, as duas tem algo em comum: foco e determinação. 
Não por acaso a atriz nunca se imaginou seguindo outra carreira. Vocês podem não lembrar, mas ela está presente nas telinhas desde os 6 anos de idade, quando fazia comerciais de TV. 
Depois disso, ela atuou em 'Passione', 'Fina Estampa', 'Em Família' e 'Malhação - Viva a Diferença'. Com vocês, Caroline Soares Macedo.

Como está a repercussão da Paulina nas ruas?
As pessoas estão adorando a Paulina. Ela é um exemplo de muitas meninas batalhadoras que vemos no nosso dia a dia. Então, recebo muitas mensagens de garotas que também dão o sangue, acordando cedo pra ir trabalhar e depois ir para a faculdade, cuidar da casa, cuidar do pai e assim vai... Lutando pra dar um futuro melhor às suas famílias. Aliás, a relação de carinho que ela tem com o pai e a sua honestidade em lidar com todas as situações da trama também são muito elogiadas!

Você e ela se parecem em algo?
Sou muito focada e determinada em tudo que faço e quero. A Paulina tem muito disso.

Como você avalia a evolução dela na trama?
Avalio de uma forma muito positiva. A Paulina vem crescendo a cada dia. A sua própria trama vem se desenvolvendo e sendo super bem aceita pelo público!

A Paulina é uma personagem de destaque. Ela é o que você precisava para demonstrar todo o seu potencial em cena?
Eu sempre digo que tive muita sorte com todas as personagens que já fiz na TV, e a Paulina é mais uma que entra nessa lista de meninas com uma trama bem escrita e de importância na novela. Eu me dediquei 100% em todas elas, assim como faço com a Paulina, mas talvez a diferença é que ela vem em um momento em que eu estou mais madura.

Você aprendeu algo com essa personagem?
Ela me ajuda a reforçar alguns valores que eu carrego comigo como a honestidade, o foco, o trabalho e também o amor pela família!

Paulina terá um amor?
Ainda não sei, estou muito curiosa!

Como está sendo pra você contracenar com grandes nomes da teledramaturgia?
O maior presente nessa novela foi ter o Milton Gonçalves como meu parceiro de cena! É uma honra e um grande aprendizado ter essa troca com ele todas as vezes que gravamos. Ele já virou um grande amigo e com certeza vou levar pra vida.

Você está namorando, não é? Fala um pouco do seu relacionamento, como se conheceram?
Nos conhecemos através de amigos em comum em um festival de música. Nos reencontramos nove meses depois, também em um evento de música, e aí ficamos mais próximos até que ele me pediu em namoro.

O fato de ele ser bem mais velho que você não atrapalha em nada?
Eu não acho ele tão mais velho assim e essa diferença de idade não atrapalha em nada no relacionamento. A gente é bem parecido no jeito de pensar, gosta das mesmas coisas e se dá super bem. Acho que isso é o mais importante.

Tem planos de casar e ter filhos?
Tenho, mas gosto de viver o hoje, aproveitar o agora e deixar as coisas acontecerem na hora que tiver que acontecer!

Que afazer doméstico você não gosta? Por quê?
Gosto de fazer tudo dentro de casa! Tenho mania de limpeza, não me importo em lavar a louça, lavar roupa ou até mesmo passar roupa, a não ser quando chego cansada do trabalho, que aí não gosto de nada (risos).

É boa de cozinha?
Sou! Adoro cozinhar! Minha mãe sempre fez questão de me ensinar desde muito jovem a fazer pelo menos o básico, e a minha curiosidade foi me levando a aprender outros tipos de pratos.

Qual é a parte boa e a ruim de morar junto?
Acho que quando você se dá bem com o seu parceiro não tem parte ruim. É legal ter a companhia de quem gosta todos os dias, dividindo, trocando e estando junto no que for preciso.

Como você lida com redes sociais? É muito apegada?
Eu consigo administrar bem o meu tempo nas minhas redes! Gosto de usar, postar fotos, conversar com os meus seguidores e mostrar um pouco do meu dia a dia, mas também consigo aproveitar aquele momento que estou vivendo deixando o celular de lado.

Foi difícil pra você trocar São Paulo pelo Rio?
Vim morar no Rio de Janeiro pela primeira vez em 2009, quando fiz a minha primeira novela, 'Passione'. Desde então, fiquei entre idas e vindas (Só morava aqui quando estava no ar em algum trabalho). Até que no ano passado decidi morar de vez. Talvez o mais difícil tenha sido tomar a decisão de não morar mais com os meus pais, mas sempre que posso vou visitá-los em São Paulo, ou eles vêm pra cá.

Podendo escolher, qual das duas cidades você prefere?
Eu adoro o Rio. Acho uma cidade linda e ter a praia pertinho de casa é uma bênção. Mas amo muito São Paulo!

De 0 a 10, quanto você é vaidosa?
Sou leonina, então sou bem vaidosa. Mas acho que tudo tem um limite e me preocupo em tomar cuidado para que isso não vire um excesso de preocupação com a própria imagem.

Você costuma ser ligada à moda?
Faz uns 5 ou 6 anos que me descobri na moda! Ela veio junto com o meu amadurecimento. Fui conhecendo lugares novos, pessoas, países diferentes e isso tudo fez com que eu me conhecesse melhor. Hoje em dia, eu fico ligada constantemente nela, compro revistas, sigo blogs e tento sempre ficar antenada nesse assunto. Sinto muito prazer em montar os meus looks, ousar nas peças e usar coisas diferentes! Não tenho um estilo próprio. Gosto de ir do clássico ao ousado. Me arrisco desenhando algumas peças e peço para minha costureira fazer. Tenho planos de lançar uma linha de roupa no futuro.

O que seus pais disseram quando você falou que queria ser artista?
Eu comecei a atuar com 6 anos de idade em publicidades de TV, em São Paulo. Eram meus pais que me levavam nos testes, nas aulas de teatro e tudo que fosse ligado à arte. Desde o começo, eles sempre me apoiaram e fizeram de tudo para que desse certo.

Se não fosse atriz, o que poderia ter sido?
Difícil responder essa pergunta já que por ter começado muito cedo nunca me vi fazendo outra coisa que não fosse atuar. Eu amo tanto o que faço que nem consigo pensar.

FONTE/ODIA