Juliana Schalch:
"Nunca fiz vilã e adoraria interpretar uma"
Aos 33 anos, atriz celebra sucesso em seriados e oportunidades profissionais no cinema
Por Beatriz Bourroul
Juliana Schalch, 33 anos, celebra a boa fase na profissão com um ensaio para o fotógrafo Alex Falcão e fala sobre sua preocupação em consumir moda de maneira sustentável. "Acredito que quanto mais pessoas estiverem falando sobre isso, mais mudanças vamos ver", afirma.
Neste ano, ela encerrou o trabalho na série O Negócio, da HBO, após cinco anos envolvida com o projeto e está na expectativa para o lançamento dos filmes Macabro, Eu sinto muito e O Último Jogo. "Faço personagens intensas, fortes", adianta.
MODA SUSTENTÁVEL
"No começo do ano, eu participei de um desafio sobre moda sustentável, o desafio armário-cápsula, proposto pela Fernanda Cortês. Eu sempre fui muito preocupada com questões ambientais, mas nunca tinha realmente parado para pensar como a moda se inseria nessa discussão. Com o desafio, um mundo se abriu. De compreensão de como nosso comportamento de consumo mantém práticas que não são benéficas nem para o meio ambiente, nem para as pessoas que trabalham com isso. Curiosa, comecei a pesquisar as iniciativas que estão sendo desenvolvidas para produzir com menor impacto ambiental e maior transparência no processo. E resolvi abrir esse diálogo em minhas redes sociais. Acredito que quanto mais falarmos sobre essas alternativas, quanto mais pessoas estiverem falando sobre isso, mais mudanças vamos ver."
CINEMA
“Estou muito envolvida com o cinema e tenho três filmes já rodados. São bem distintos um do outro. Estou em Macabro, um longa bem forte, do Marcos Prado. Mostramos a primeira ação do Bope que aconteceu em Friburgo. Falamos dos Irmãos Necrófilos [caso policial ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro, entre 1991 e 1995, em que dois irmãos mataram e violaram os corpos de pelo menos oito vítimas]. Faço uma sobrevivente. O filme tem um quê de suspense e de terror. Neste ano, também rodei Eu sinto muito, sobre o transtorno borderline. Minha personagem tem esse transtorno e foi um dos personagens que adorei fazer, compor... Por fim, também estou no elenco de O Último Jogo, que aborda a famosa rixa Brasil x Argentina. Nestes três trabalhos no cinema, faço personagens mais intensas, fortes.”
O NEGÓCIO
“Foi um trabalho muito importante para mim, teve um alcance muito bom e ótimos resultados. Foi um presente desde o início do processo. Ao todo, foram seis anos e muita satisfação em fazer parte do elenco. A HBO promoveu O Negócio por toda a América Latina. É uma obra muito feminista e que falou sobre o empoderamento da mulher de uma maneira complexa e divertida ao mesmo tempo.”
EMPODERAMENTO FEMININO
“Em O Negócio tivemos a chance de falar da construção do empoderamento feminino. As respostas do público foram muito fortes neste sentido. A série trouxe questionamentos e valorização da mulher. É importante se sentir bem com o corpo, não ligar tanto para as questões externas. E ficava feliz quando sabia que muitos casais assistiam à série juntos. Foi um trabalho com muitas mulheres envolvidas. Nas redes sociais, recebi muitas mensagens da América Latina inteira.”
SONHOS PROFISSIONAIS
“É claro que um projeto internacional me interessaria, sim. O cinema argentino, norte-americano... Vim de uma sequência muito interessante de trabalho e pude participar de um projeto, O Negócio, exibido fora do país. O cinema nacional está com uma gama de assuntos muito bons e diferentes para abordar. Mas se surgisse uma oportunidade fora, seria interessante. Gosto da língua espanhola. Quero personagens diferentes. A variação é riquíssima para o ator. Nunca fiz vilã e adoraria interpretar uma.”
FONTE/QUEM
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