sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Camila Morgado:
À flor da pele Rosto de boneca 
e alma de mulher voraz.
 A atriz que caminha pelo drama e pela comédia com a mesma veracidade, hoje interpreta a Noêmia, de Avenida Brasil, e revela o que é realmente importante em sua vida daqui para a frente 

 Por Aline Ribeiro 
 Os olhos azuis, a pele alva com tez de porcelana e os cabelos ruivos delicadamente modelados podem enfeitiçar suas deduções sobre a personalidade de Camila Morgado. 
Afinal, a atriz, mesmo no auge de seus 37 anos, parece ter um rosto de boneca a ser contemplado por horas, certo? Sim, mas não só! 
No primeiro balbuciar de suas palavras, seus “pré-conceitos” sobre ela irão por água abaixo. A voz grave com forte entonação traduz seu modo de viver intenso e determinado. Um verdadeiro vulcão de emoções!
  De fato, nem tudo é o que realmente parece (e ainda bem!). Nem mesmo os fios ruivos que ressaltam o olhar da atriz.
 “Na verdade, a cor do meu cabelo é loiro acinzentado, mas nasci para ser ruiva”, conta ela aos risos.
 O visual fora de clichê entre as celebridades vem agradando as mulheres. 
Prova disso é que, em julho deste ano, Camila Morgado conquistou o primeiro lugar entre os cabelos mais pedidos pelo público na Central de Atendimento ao Telespectador (CAT) da TV Globo. 
 Mas chega de falar de beleza! Quando se trata de Camila Morgado, começar uma reportagem ressaltando o tema “aparência” é ínfimo demais. 
Apesar de ser vaidosa (e estar circulando rumores sobre sua negociação com a revista Playboy), a atriz é dona de um talento que ofusca qualquer outra particularidade. 
Ela é capaz de comover com seu drama, ou fazer você se divertir com suas cenas hilárias de comédia. Tamanha espontaneidade – independentemente do gênero – não surgiu da noite para o dia. 
A caminhada de Camila Ribeiro da Silva (como é registrada) não foi tão simples até chegar ao papel atual de Noêmia, em Avenida Brasil. 
Porém esse bate-papo se enquadra melhor no ato a seguir... A revelação Durante as apresentações de teatro, surgiam os testes para ingressar na TV. 
Não que fosse uma meta a ser realizada na vida de Camila, mas aquele velho ditado: “Já que estou aqui, vou fazer e ver no que vai dar”, floresceu.
 Após receber alguns “nãos” – inclusive por conta de sua voz não condizer com sua aparência –, surgiu um teste para o diretor Jayme Monjardim. 
“A Frida Richter que fazia o casting de novos talentos para o Jayme assistiu aos espetáculos da companhia Ópera Seca em que eu atuava e me indicou para participar da seleção.
 Felizmente passei, e Jayme me disse que eu entraria na terceira fase da novela O Clone, mas tal fase não aconteceu”, recorda. 
 Um misto de felicidade e decepção veio à tona. A saída foi continuar com suas peças, trabalhando, aprofundando-se e seguindo em frente. 
Até que, em 2003, Jayme a chamou para uma nova seleção, desta vez para a minissérie A Casa das Sete Mulheres.
 “Tive que fazer o teste novamente para ingressar no elenco. É tão complicado ficar se colocando à prova. Mas fiz e, desta vez, o papel de protagonista era meu!” 
Quanto ao sucesso a partir daí, você deve se lembrar. Camila Morgado encantou o País na pele de Manuela, vivendo o amor incondicional pelo guerreiro Giuseppe Garibaldi. 
“Quando a minissérie entrou no ar, tornei-me conhecida de um dia para o outro. 
Demorei um pouco para entender por que as pessoas me olhavam na rua”, confessa ela, que, ainda naquele ano, começou a fazer análise para tentar desvendar as suas mais íntimas inquietações.
 Em 2004, mais um capítulo de sucesso em sua trajetória: nas grandes telas, ela deu vida à Olga Benário no filme Olga, com roteiro baseado no livro de Fernando Morais.
 Como a personagem segue para um campo de concentração, a atriz precisou emagrecer muito para fazer as cenas no local.
 “Tive de perder peso para esse papel, cheguei, até mesmo, a parar de menstruar por conta disso. 
Raspei a cabeça, aprendi a atirar e a quebrar os meus próprios limites”. 
 A coleção de sucessos deu continuidade com as atuações nas minisséries Um Só Coração e JK, além da novela América, também da TV Globo. 
 “Apesar da boa aceitação, eu não queria ficar estereotipada como uma personagem de drama. E, para minha felicidade, em 2008, atuei na comédia musical Doce Deleite, com direção de Marília Pêra.” 
De lá para cá, Camila enveredou pelo gênero mais cômico, interpretando a jornalista Malu, em Viver a Vida, e, agora, na pele de Noêmia no horário nobre.
 “Não é que agora só farei comédia. Gosto de me apaixonar pelos trabalhos: trágico, comédia ou drama”. 
Versátil, ela conclui: “Daqui a pouco, mudo de novo!”. 

FONTE\UMAMULHER

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